É um dos grandes mistérios do jornalismo português: a existência de repórteres que não fazem perguntas aos políticos do momento.
Um exemplo: da OCDE ao FMI, passando pelo temível sr. Schäuble, existe consenso de que os anos da ‘troika’ valeram a pena para pôr ordem na casa. Sem isso, aliás, não haveria saída dos défices excessivos para ninguém.
Mas o governo, que entrou ontem em cena e limitou-se a não estragar a herança, afirma por aí que os méritos lhe pertencem por inteiro. Perante isto, o que faz o repórter nacional? Pensa pela sua cabeça? Contrapõe? Confronta?
Não. Fica mudo e quedo, sem se aperceber da sua triste figura como correia de transmissão da propaganda reinante. E as televisões? E os jornais? Esses, pelos vistos, apreciam ter espantalhos de micro na mão, ao mesmo tempo que lamentam a perda de leitores e a ‘crise do jornalismo’. Isto é para rir, não é?
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.