O Estado falhou na sua missão essencial: proteger a vida dos cidadãos. Mas o primeiro-–ministro e a ministra da Administração Interna, em perfeita sintonia, resolveram partilhar com o país uma visão optimista das coisas.
Em entrevistas televisivas, Costa e a sra. Uva lembraram-nos que houve 156 incêndios no sábado. Só em Pedrógão é que as coisas não correram bem. Raciocínio desta gente: tivemos 64 mortos e mais de 200 feridos. Mas é preciso ‘enquadrar’ a tragédia. O país tem 10 milhões de habitantes.
Este raciocínio, apesar de imoral, pode ser aplicado com sucesso às pequenas tragédias e às hecatombes históricas. Um idoso foi assaltado e morto? Portugal tem 2 milhões de idosos que ainda estão vivos. O Holocausto ceifou 6 milhões de judeus? A Europa tinha 9,5 milhões. E assim sucessivamente.
O prof. Marcelo errou sobre o optimismo de Costa. Não é irritante. É arrepiante.
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.