Amigos liberais sonham há anos com um Portugal ‘liberal’. Explico: Estado mais pequeno (e melhor), valorização da iniciativa privada, separação entre o poder político e o mundo empresarial, etc., etc. Teoricamente, estou com eles. Mas sempre acrescento que a empreitada é anti-lusitana por definição: a história do país funde-se e confunde- -se com a história do Estado português. Não se muda em poucos anos o que demorou nove séculos a construir.
Além disso, existe uma ‘cultura política’ essencialmente iliberal: para os portugueses, a dependência do Estado não é um problema; é um consolo – e, mais, uma exigência.
Agora que o PSD vai a eleições, é natural que o partido vire ao ‘centro’, entendendo-se por ‘centro’ o velho pastelão social-democrata que, apesar de caduco e insustentável, continua a fazer sucesso entre nós. Uma pena? Será. Mas Portugal, goste-se ou desgoste-se, não dá para mais.
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André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.
Se a esquerda prefere perder as eleições a engolir Seguro, são dois vazios que Cotrim preenche.