Entendo o dr. Costa: as boas notícias são óptima propaganda. Mas como atirar foguetes e, ao mesmo tempo, não acordar as esquerdas anestesiadas? Difícil.
Com a economia a crescer, as clientelas do Estado lá começaram a bater nos tachos.
E agora, com a Standard & Poor’s a garantir-nos financiamento mais barato, como podem o PCP e o Bloco pedir às suas seitas que continuem a aceitar uma dieta de sapos?
Aliás, se dúvidas houvesse, bastaria contemplar as primeiras páginas de ontem.
O ‘Público’, em letras garrafais, anunciava que o país saiu do lixo como se tivéssemos encontrado petróleo no Beato. Ao lado, no ‘DN’, o primeiro-ministro ocupava a frontaria para pedir rigor nas contas públicas.
Eis, em resumo, a batalha política do futuro: de um lado, as esquerdas esfomeadas com vontade de ir ao pote; do outro, um governo cativo da sua própria propaganda que também deseja conservar o pote intacto.
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André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.
Se a esquerda prefere perder as eleições a engolir Seguro, são dois vazios que Cotrim preenche.