Donald Trump é eleito presidente e eu pergunto, honestamente, se não terei errado. Não pelos motivos que se imaginam: nunca neguei a possibilidade de vitória (‘Patinagem artística’, 28/9/2016) e continuo a pensar que Trump é uma anedota política.
Um pormenor, porém, escapou-me: Trump é um homem de negócios e os homens de negócios vendem o seu produto de acordo com as circunstâncias. Durante a campanha, Trump explorou as preocupações reais de gente real com o circo conhecido.
Mas não é de excluir que o produto, agora, seja outro: o discurso moderado na noite da vitória, as exigências do cargo e as limitações próprias que a realidade impõe convidam a outro tipo de ‘marketing’.
Se isso acontecer – um grande ‘se’ – não vale a pena continuar com a auto-flagelação do comentariado. Pela parte que me toca, vou ler os livros de negócios de Trump só para saber como ele vai governar.
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Entre Zelensky e Putin, venha o diabo e escolha.