Caros Leitora e Leitor, permitam-me que aborde um tema de relevância imperiosa, para onde ninguém ainda parece querer olhar.
Quantos postos de trabalho terão desaparecido na última década, substituídos pela produção maquinal? Em Portugal não se sabe, mas terão sido dezenas de milhares.
No nosso país, só na Banca, desde 2011, desapareceram oito mil postos de trabalho. No plano global, um estudo da Universidade de Oxford situa em mais de quarenta por cento os postos de trabalho humano que vão desaparecer nos próximos 25 anos, substituídos por máquinas.
As máquinas não gozam férias, não adoecem, não fazem greves, não reivindicam direitos. Mas as pessoas, que, por esta via, caem no desemprego ou na reforma antecipada, sobrecarregam severamente os sistemas assistencialistas. Uma das grandes conquistas civilizacionais do século passado, garante da coesão social e da paz, está à beira da rutura.
O trabalho maquinal ser cada vez mais entregue a máquinas é uma tendência irreversível, que convocará o Homem para funções criativas, especializadas ou complexas. No presente é já necessário e urgente assegurar a sustentabilidade dos sistemas de Segurança Social.
Nos seus planos de negócios, quando cortam postos de trabalho humano, os investidores deverão ser forçados pelo poder do Estado a contar com mais um custo de amortização das suas máquinas: uma contribuição para a Segurança Social, que permita aos seres humanos, descartados por este natural movimento de modernização, sobreviver com dignidade.
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