A Caixa Geral de Depósitos não precisa de ser recapitalizada. Basta consultar documentos oficiais para concluir que a propalada recapitalização é um embuste.
A Caixa necessitaria de injeção de capital se os seus rácios de solvência estivessem abaixo das exigências regulamentares. Mas tal não acontece, os rácios da CGD estão bem e recomendam-se. Os valores de referência são designados de "Common Equity Tier 1, Phased-in e Fully Implemented". "Alcançaram em setembro valores de 10,2% e 9,3% respetivamente", tendo mesmo subido face aos números de junho que já "cumpriam as exigências regulamentares". São pois os documentos disponibilizados pela CGD, em Novembro de 2016, que contrariam a necessidade de capital.
A premência da recapitalização é pois uma mentira difundida por políticos, do governo à oposição, passando pelo Presidente. Julgam que "uma mentira repetida mil vezes se torna verdade", quais seguidores de Goebbels, mentor de comunicação de Hitler.
A recapitalização da CGD irá consumir cinco mil milhões. Representa toda a coleta de impostos de rendimento sobre empresas em 2017; quinhentos euros por cada português. Sem motivo visível, a sua justificação assenta em razões ocultas.
Quais?
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Perseguem judicialmente os que livremente exprimem as suas opiniões.
São as designadas empresas do regime. Fazem o que querem, à margem da Lei.
Como a opacidade é mãe da corrupção e a discricionariedade prima da incompetência, há que temer pelo destino do dinheiro dos contribuintes.
Mais de 50 anos depois de 25 de abril, o direito a falar tem que prevalecer.
Com tanta violação à Lei Fundamental, das duas uma: alterem o sistema fiscal ou apaguem da Constituição o artigo 104.
Queda do elevador da Glória é o corolário dum desleixo geral.