António Magalhães
Diretor do 'Record'O Benfica conquistou o histórico ‘tetra’ depois de uma época em que chegou a perder avanço confortável e teve de enfrentar uma ponta final de campeonato mais sofrida mas exemplarmente bem gerida.
O carimbo do tetracampeonato foi aplicado com uma goleada frente ao V. Guimarães e talvez com a melhor exibição da época.
O significado da conquista é esclarecedor: o Benfica recuperou a hegemonia do futebol português. Quatro títulos consecutivos – mais um do que aqueles que ganhou nos 20 anos anteriores - representam isso mesmo.
Ninguém tem dúvidas de que o Bayern é a grande potência na Alemanha ou que o PSG foi o clube dominante em França.
Quando se vai com esta embalagem, quem está mais próximo do título seguinte é o seu detentor. Para isso, basta que não cometa erros de palmatória e provoque o desnorte nos rivais.
A avaliar pelas dúvidas e hesitações que se verificam no Dragão e em Alvalade, é isso mesmo que se está a passar. Um longo ciclo de domínio não é fácil de quebrar e não se inverte com uma conquista fortuita e fruto mais do acaso do que do planeamento.
Foi assim que o FC Porto construiu a sua hegemonia durante três décadas. O domínio do dragão foi cimentado por sistemáticas vitórias, também a nível internacional, e por um fluxo de negócios de milhões.
O problema é que as conquistas conduziram a vícios e o FC Porto cristalizou. O Benfica iniciou um ciclo virtuoso.Veremos quanto tempo conseguirá prolongá-lo no tempo.
Depois de Éder, Jardim. A França é nossa!
O Mónaco de Leonardo Jardim, João Moutinho e Bernardo Silva sagrou-se campeão 17 anos depois. Outros longos jejuns foram quebrados: Feyenoord e Spartak de Moscovo. Uma época excecional dos nossos príncipes em França depois de lá nos termos coroado reis da Europa.
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