Quando se entra na zona cinzenta entre o público e o privado, sabemos estar sobre gelo fino. O juiz entendeu como criminalmente relevantes as escutas que hoje abordamos nestas páginas. Nós também.
As razões da Justiça ainda não as conhecemos, na sua plenitude. Cabe-nos explicar as do CM: a ação passa-se no Brasil, na metrópole deselegante e fria de S. Paulo – capital financeira do país.
Na conversa, para lá de um maior contorno da personalidade e vícios do nosso ex-primeiro-ministro, fica clara a relação umbilical e cúmplice com o seu primo, agora recuado em Angola.
Brasil, palco do maior golpe de Sócrates, que, com a bênção de Lula, mandou vender o controlo da PT na saudável Vivo e determinou a compra de um paquiderme das telecomunicações – a OI, impossível de modernizar -, até então na esfera patrimonial daqueles que ficaram para a memória do Brasil como o ‘Telegang’. Quase quatro mil milhões de euros portugueses foram enterrados nessa operação.
Achar que homens com o perfil de Sócrates e Lula nada beneficiaram com esta nossa ruína nacional é não entender os contornos desta gente.
Para a convencionada comissão de dez por cento, tabela comum para os maiores negócios de corrupção, como diria um político, mole mas honesto, chamado Guterres, ‘é fazer as contas’.
E destes mais de trezentos milhões de euros, as justiças, brasileira e portuguesa, ainda não encontraram rasto.
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