Cavaco Silva contactou o presidente angolano para libertar três gestores portugueses detidos nas prisões do país. Um deles regressou a Portugal ainda antes da cimeira da CPLP em Luanda
Cavaco Silva falou quatro vezes com o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, para libertar três gestores portugueses presos em Angola. A iniciativa informal do Presidente da República acabou por resultar na libertação de Pedro Morais Leitão, detido durante seis dias na Cadeia Central de Luanda. Morais Leitão só saiu da cela, que partilhava com mais 140 presos, a 17 de Maio.
O gestor ficaria depois no consulado durante sete semanas, até ser autorizado a sair do país e a viajar para Portugal, no início do mês passado. Ou seja, apenas duas semanas antes da realização da cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu na capital angolana entre 19 e 23 de Julho. Ainda assim, mantêm-se encarcerados dois portugueses, detidos por "motivos económicos". Jorge Oliveira, ex-director financeiro do Grupo Mello Xavier, é um deles, encontrando-se há cerca de seis meses na Cadeia Central de Luanda. O gestor Abílio Esteves está há nove meses em prisão preventiva na Cadeia de Viana. Em todos os casos, a prisão resultou de queixas apresentadas pelos sócios angolanos à Polícia Económica.
As queixas apresentadas contra Morais Leitão foram da autoria de um dos sócios angolanos, o antigo oficial do MPLA João Belchior.
Durante o mês de Junho, Cavaco Silva falou pelo menos duas vezes ao telefone de Lisboa com Eduardo dos Santos para tentar libertar os três gestores portugueses. Voltou depois a abordar o assunto com o presidente angolano durante a cimeira da CPLP. Dos contactos informais resultou a saída de Morais Leitão, mas, segundo fontes diplomáticas, os outros dois casos parecem ser de maior complexidade.
O HOMEM DE PAIS DO AMARAL NA SEGURADORA GARANTIA
Pedro Morais Leitão é conhecido como um gestor com provas dadas, tendo sido administrador da Media Capital Multimédia e consultor para o sector segurador na firma internacional McKinsey. Filho do antigo ministro das Finanças de Sá Carneiro, João Morais Leitão, ocupou ainda a direcção--geral da cadeia de distribuição de electrónica Worten.
Foi pela mão do empresário Pais do Amaral, antigo presidente da Media Capital e actual detentor da Leya, entre outros negócios, que Pedro Morais Leitão chega a Luanda para lançar a companhia de seguros Garantia. Uma missão que cumpriu com sucesso, até às acusações de um dos sócios angolanos, João Raimundo Belchior, antigo oficial do MPLA.
O CM contactou a embaixada de Angola em Lisboa, mas até à hora de fecho desta edição não obteve qualquer resposta.
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