André Ventura classificou também como "uma desgraça" o tempo médio de acesso a consultas ou o acesso a cirurgias.
O presidente do Chega acusou esta terça-feira PS e PSD de "conluio para destruir a democracia", levando o primeiro-ministro a dizer esperar que André Ventura não queira regressar à "inércia, ao imobilismo e ao atraso" do tempo da ditadura.
"Disse, e cito, que 'temos que romper inércias e obstáculos', a maior inércia e obstáculo dos últimos 50 anos foi o conluio entre o PS e o PSD para destruírem a nossa democracia", afirmou André Ventura, dirigindo-se ao primeiro-ministro na primeira ronda de pedidos de esclarecimento no debate do Programa do Governo, na Assembleia da República.
O líder do Chega cumprimentou Luís Montenegro pela "vitória eleitoral" nas últimas legislativas e fez questão de assinar o novo quadro parlamentar, em que o seu partido passou a ser a segunda maior bancada.
André Ventura referiu que "o Chega aumentou 268.045 votos, a AD aumentou 141.000 votos, o PS perdeu 370.000 votos", e considerou que "se há uma maioria maior, há também um novo quadro parlamentar que exige" de "todos reformas a sério para Portugal".
"E se agora nos podemos livrar do Partido Socialista nessas reformas, então o tempo é de não olhar para trás. O tempo é de servir e concretizar o voto dos portugueses", indicou.
O líder do Chega falou também no tema da saúde, referindo que no último fim de semana "14 serviços de urgência estavam encerrados novamente" e criticou a recondução da ministra da Saúde, ironizando que "funcionou bem durante o último ano".
André Ventura classificou também como "uma desgraça" o tempo médio de acesso a consultas ou o acesso a cirurgias.
"O senhor primeiro-ministro não deu uma palavra para a saúde dos portugueses, por isso vou dar eu. Ou o Governo muda na saúde, ou o Governo faz alguma coisa pela saúde de quem cá está e não de quem vem para cá, ou nós não toleraremos muito tempo este Governo de Portugal", alertou.
Na resposta, o primeiro-ministro afirmou que nos últimos 50 anos o país foi "acumulando algumas frustrações, alguns objetivos que ficaram pelo caminho, algumas expectativas criadas e que acabaram por sair goradas".
"Mas eu espero que o senhor deputado não confunda essas frustrações, essas expectativas goradas com todas as grandes conquistas que Portugal alcançou nestes 50 anos face à inércia, ao imobilismo e ao atraso dos 50 anos anteriores", salientou.
Luís Montenegro disse também esperar que André Ventura "jamais confunda a capacidade transformadora e reformista dos últimos 50 anos com aquilo que aconteceu nos 50 anos que os precederam".
"Porque não estou a ver que o senhor deputado queira regressar a esse tempo. Espero sinceramente, e acho que os portugueses também esperam", salientou.
No que toca à saúde, o líder do executivo pediu responsabilidade e "contribuição responsável para resolver os problemas".
"O senhor deputado pode maximizar o alarme criado pelo encerramento de urgências. Nós também lamentamos ainda não ser possível terminar com essa circunstância, mas ficava-lhe bem dizer que em 2025 esses encerramentos são cerca de metade daqueles que ocorreram em 2024 e, portanto, o caminho que estamos a percorrer é um caminho de recuperação", defendeu.
Luís Montenegro considerou que assim é também relativamente aos tempos de espera para consultas e para cirurgias, ou relativamente ao investimento que o Governo está "a fazer agora, quer no âmbito do PRR, quer em investimentos diretos no orçamento do Estado, quer também o investimento nos recursos humanos", sustentando que são necessários "mais profissionais para ter mais capacidade de resposta".
"É preciso fazer mais, é preciso ter essa exigência, mas também é preciso ter o sentido de responsabilidade de dizer aquilo que está a ser bem feito. E, por isso, a continuidade da política da saúde é importante para terminarmos a execução do programa de transformação e emergência, que tem cerca de 80% das suas metas cumpridas, e para continuarmos a transformar o Serviço Nacional de Saúde", afirmou.
Quanto ao panorama político, Luís Montenegro devolver o cumprimento ao Chega por se ter tornado na segunda força política no parlamento e salientou que "o suporte parlamentar do Governo aumentou e a diferença entre a primeira e a segunda força política também aumentou".
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