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Costa defende amigo ministro e evita rendas da EDP

Negrão ataca primeiro-ministro com casos polémicos que envolvem Siza Vieira.

24 de maio de 2018 às 01:30

O primeiro-ministro foi obrigado a defender no debate quinzenal o ministro Adjunto, amigo e seu braço-direito no Governo, das críticas do PSD às polémicas que envolvem Pedro Siza Vieira: a OPA da China Three Gorges à EDP, assessorada pela antiga empresa do governante, e a situação de incompatibilidade por ser dono de uma imobiliária enquanto já estava no Executivo.

Numa primeira fase, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, perguntou a António Costa se "a incompatibilidade que durou dois meses não devia ter consequências". "Teve consequência: assim que foi detetada, o ministro renunciou [à posição na imobiliária]", ripostou o primeiro-ministro. Negrão viu na resposta de Costa "demasiado facilitismo" para o que disse ser "uma questão ética". "Ninguém está livre de lapsos", frisou o chefe de Governo.

Mais duro na intervenção, Negrão decidiu então apontar baterias ao passado de Siza Vieira, questionando Costa sobre a ligação do ministro à China Three Gorges, os motivos pelos quais Siza Vieira reuniu com os chineses na véspera da OPA lançada sobre a EDP e o papel do governante numa alteração ao Código dos Valores Mobiliários que favorece investimentos estrangeiros, particularmente chineses.

Costa saiu sempre em defesa de Siza e frisou que o ministro até vendeu a participação que tinha na sociedade Linklaters quando entrou no Governo. "Prática que nenhum governante teve o cuidado de fazer no passado", destacou.

Catarina Martins, do BE, quis saber se Siza Vieira teve peso no recuo do PS, na votação do Orçamento de 2018, que ditou o chumbo de uma nova taxa sobre as elétricas.

Já à noite a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado no qual anuncia uma investigação às declarações de incompatibilidades e aos rendimentos de Siza Vieira, chegando a equacionar o pedido de mais informações.

CDS pede resposta sobre a eutanásia 

E quando Assunção Cristas lhe perguntou se, sendo a eutanásia legalizada, os centros de saúde iriam praticá-la, Costa disse que "o Governo cumprirá todas as leis aprovadas pela AR".

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