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Marcelo pede à Assembleia para clarificar se quer manter Governo

Presidente da República exige mudanças rápidas ao Executivo.

17 de outubro de 2017 às 20:43

Marcelo Rebelo de Sousa falou aos portugueses, na noite desta terça-feira, sobre a tragédia dos incêndios dos últimos quatro meses e que tiraram a vida a mais de 100 pessoas. Num discurso duro, o Presidente da República afirmou que cabe à Assembleia decidir se o Governo se deve manter em funções.

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"Se há, na Assembleia da República, quem questione a atual capacidade do Governo para realizar estas mudanças, inadiáveis e indispensáveis então que, nos termos da Constituição, esperemos que a Assembleia diga soberanamente se quer ou não manter este Governo", disse o Presidente da República na mensagem ao País proferida em Oliveira do Hospital, um dos concelhos mais assolados pelo fogo deste domingo.

Para Marcelo Rebelo de Sousa é fundamental "abrir um novo ciclo" que obrigará o Governo a ponderar "o quê, quem, como e quando melhor serve esse ciclo".

Antes de pedir mudanças rápidas ao Executivo, o Chefe de Estado falou como cidadão: "Por muito que a frieza destes tempos cheia de números e chavões políticos convidem a banalizar, estes 100 mortos não mais sairão do meu pensamento, com o peso enorme na minha consciência como no meu mandato presidencial".

O Presidente da República prometeu também que "estará atento e exercerá todos os seus poderes para garantir que onde existiu ou existe fragilidade, ela terá de deixar de existir". Depois, exigiu uma "rutura" com o passado e aconselhou "humildade cívica", afirmando: "É a melhor, se não a única forma de verdadeiramente pedir desculpa às vítimas de junho e de outubro - e de facto é justificável que se peça desculpa".

"Se houver margens orçamentais, que se dê prioridade à floresta"

Marcelo defendeu que, se houver margens orçamentais, deve ser dada "prioridade à floresta e à prevenção dos fogos, considerando que esta "é a última oportunidade" para se agir nesta matéria.

Além desta recomendação, em vésperas do início do debate parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2018, o chefe de Estado apelou a "uma convergência alargada" neste domínio, e voltou a exigir que o Governo "retire todas, mas todas, as consequências" destes incêndios e dos de junho.

"Esta é a última oportunidade para levarmos a sério a floresta e a convertermos em prioridade nacional - com meios para tanto, se não, será uma frustração nacional. Se houver margens orçamentais, que se dê prioridade à floresta e à prevenção dos fogos", afirmou.

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