Eurico de Melo, ex-vice-primeiro-ministro pelo PSD, morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 86 anos, no Porto, disse à Lusa fonte partidária.
Licenciado em engenharia química, Eurico de Melo foi vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD em duas ocasiões, presidente da Mesa do Congresso em 1984 e ainda do Conselho Nacional, de 1990 a 1992.
Foi ainda governador civil de Braga, ministro da Administração Interna no VI e X Governos e vice-primeiro ministro e ministro da Defesa Nacional do XI Governo.
Eurico da Silva Teixeira de Melo nasceu em 1925 em Santo Tirso, licenciou-se em engenharia química na Universidade do Porto, onde chegou a ser assistente.Foi ministro da Administração Interna de Francisco Sá Carneiro, no VI Governo Constitucional, cargo que voltou a exercer no X Governo, sob a liderança de Cavaco Silva, de quem seria, no executivo seguinte, vice-primeiro ministro e ministro da Defesa Nacional
Foi ainda deputado à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, governador civil de Braga e membro da Assembleia Municipal de Santo Tirso.Em 1989 sai do Governo de Cavaco Silva e, mesmo evitando falar dos motivos da saída, deixou claro que foi em divergência com o primeiro-ministro: "O senhor primeiro-ministro tinha um ponto de vista e o ministro da Defesa tinha outro", afirmou na altura.
No mundo empresarial, chegou à presidência do conselho de administração do BCI, do grupo Santander.
Contrário à regionalização, Eurico de Melo ficou conhecido como 'vice-rei do Norte' ou 'patriarca do Norte' e considerado líder de um lóbi nortenho no PSD
"Se lóbi significar que existe um grupo de defende os direitos do Norte, então eu pertenço a um lóbi do Norte", afirmou em 1991, citado pelo Semanário.
O mesmo jornal escreveu que Eurico de Melo "esteve no centro de todos os grandes momentos da vida do PSD" e que "foi por sua influência que Cavaco surgiu na Figueira da Foz", no congresso em que o atual Presidente da República ascendeu à liderança dos sociais-democratas.
Em 1989 sai do Governo de Cavaco Silva e, mesmo evitando falar dos motivos da saída, deixou claro que foi em divergência com o primeiro-ministro: "O senhor primeiro-ministro tinha um ponto de vista e o ministro da Defesa tinha outro", afirmou na altura.
Na carta de demissão dirigida a Cavaco Silva, citada pela agência ANOP, justifica o pedido com o "abrandamento de confiança e apoio político para o exercício dos cargos".
Após a saída de Cavaco Silva da liderança do PSD considerou Fernando Nogueira o "sucessor ideal" e recusou ele próprio candidatar-se, apontando nomeadamente a idade (tinha 70 anos).
Na carta de demissão dirigida a Cavaco Silva, citada pela agência ANOP, justifica o pedido com o "abrandamento de confiança e apoio político para o exercício dos cargos".
Após a saída de Cavaco Silva da liderança do PSD considerou Fernando Nogueira o "sucessor ideal" e recusou ele próprio candidatar-se, apontando nomeadamente a idade (tinha 70 anos).
Uma eventual candidatura presidencial às eleições de 1995 foi noticiada pela imprensa da época, com nomes como Álvaro Barreto a expressar apoio público, mas nunca se viria a concretizar, tendo Eurico de Melo dito em 1993 que apoiaria uma candidatura de Alberto João Jardim a Belém, que também não se materializou.
Eurico de Melo foi condecorado pelo antigo Presidente da República Mário Soares com a Ordem militar de Cristo, em 1990.
"Foi um homem totalmente concentrado nos interesses da comunidade que serviu", afirmou.
Para Paulo Cunha, Eurico de Melo foi um "magnífico exemplo para as novas gerações daquilo que um político deve ser", tendo sido um "exímio político e cidadão".
Eurico de Melo também exerceu o cargo de deputado ao Parlamento Europeu e foi ainda membro da Assembleia Municipal de Santo Tirso, concelho onde nasceu, a 28 de Setembro de 1925.
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