Luís Nobre Guedes, ex-ministro do Ambiente do anterior Executivo, recebeu ontem o despacho de arquivamento do processo Portucale, no qual era arguido. A confirmação foi feita ao CM pelo seu advogado, Pedro Pestana Bastos.
O caso, com 14 meses, remonta a Abril de 2005, quando Nobre Guedes foi constituído arguido por alegado tráfico de influências, depois de ter assinado um despacho para abate de 2500 sobreiros em Benavente, no tempo em que era governante.
Segundo o Ministério Público, há “a convicção segura” de que não houve a prática de crime. A expressão é, até, invocada por Pedro Pestana Bastos para demonstrar que nada terá ficado por esclarecer no processo que pendia sobre o ex-ministro do Ambiente de Pedro Santana Lopes.
Nobre Guedes, recorde-se, foi ouvido uma única vez, enquanto arguido, pela Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica (DCICCEF), em Lisboa, pelo procurador Rosário Teixeira, a 28 de Novembro de 2005.
À saída afirmou: “Não vou dizer a frase patética de que tenho a consciência tranquila, porque os últimos sete meses foram pouco tranquilos.” Prometeu falar, na altura, mas não o fez, tendo-se afastado das lides políticas por opção. Passaram mais sete meses e ontem, contactado pelo CM, Nobre Guedes remeteu qualquer explicação para o seu advogado.
O processo em relação aos demais arguidos, segundo apurou o CM, prosseguirá.
CASTRO E PORTAS SATISFEITOS
Tanto o anterior como o actual líder do CDS-PP emitiram ontem comunicados sobre a decisão judicial de arquivar o processo contra Nobre Guedes no caso Portucale, ambos satisfeitos. Ribeiro e Castro escreve que a “decisão” não surpreendeu o CDS, “embora seja naturalmente motivo de regozijo”, e recorda que o processo visava também “atingir o CDS”, dado o seu mediatismo.
Paulo Portas, antecessor de Ribeiro e Castro, afirma tratar-se de “um primeiro acto de Justiça” e que o ex-ministro agiu bem. “Sofreu estoica e impecavelmente o preço das insinuações”, escreve o antigo líder. E pergunta: “Quem devolverá ao dr. Nobre Guedes e família os prejuízos que sofreram?” No final da missiva, Portas acredita que, a seu tempo, Abel Pinheiro também verá o caso resolvido.
OS MOMENTOS DO CASO DOS SOBREIROS
RECOLHA DE OFÍCIOS
O Ministério Público recolhe ofícios enviados (de 16 de Fevereiro), já depois das eleições de 20 de Fevereiro, pelo chefe de gabinete do então ministro Nobre Guedes, aos ministros da Agricultura, Costa Neves, e do Turismo, Telmo Correia.
BUSCAS
A 10 de Maio de 2005, a Polícia Judiciária faz buscas nos escritórios de Abel Pinheiro e de Nobre Guedes e em instalações do Grupo Espírito Santo. Abel Pinheiro, ex-responsável pelas finanças do PP, é ouvido e constituído arguido.
PARTIDO
O CDS-PP emitiu um comunicado a 10 de Maio e fez uma conferência de Imprensa a recordar o caso. Ribeiro e Castro foi à Procuradoria-Geral da República em Novembro. Mostrou-se satisfeito por Nobre Guedes ter sido ouvido e ilibado.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.