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Fogo no Fundão ganha força "incalculável"

Incêndio obrigou ao corte da A3 e da linha da Beira Baixa.

15 de agosto de 2017 às 16:34

O fogo que progride no Fundão, distrito de Castelo Branco, ganhou na tarde desta terça-feira "uma força incalculável" e deixou a localidade de Soalheira rodeada pelas chamas, afirma o presidente da Câmara, que pede mais meios no terreno.

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Serra da Gardunha rodeada de chamas

A situação na Soalheira, que está "rodeada pelo fogo", levou à retirada de pessoas das casas para um quartel dos bombeiros e para um lar, situados dentro da localidade, por não ter sido possível fazer a evacuação para fora da sede de freguesia, disse à agência Lusa o presidente da Câmara do Fundão Paulo Fernandes.

Para além de Soalheira, o fogo entrou durante a tarde em Vale de Prazeres e ameaça também Alcongosta, onde as chamas já entraram dentro da localidade.

"As frentes ganharam uma força incalculável. Há uma frente descontrolada entre Alpedrinha e Vale de Prazeres em direção a Póvoa de Atalaia", contou ainda, considerando que "muito provavelmente" outras aldeias poderão estar em perigo nas próximas horas.

De acordo com o presidente do município do Fundão, "há casas afetadas", mas ainda não foi feita a contabilização.

"Faço um apelo total para ter o máximo de meios possível. Novamente, como ontem (segunda-feira) à tarde, a situação está completamente descontrolada", vincou.

Incêndio obriga ao corte da A3 e da linha da Beira Baixa

A Autoestrada da Beira Interior (A23) foi cortada ao trânsito na tarde desta terça-feira entre Castelo Novo e a Soalheira, no concelho do Fundão, devido ao incêndio que lavra na Serra da Gardunha desde domingo.

Fonte da Scutvias, concessionária da A23, adiantou à Lusa que o trânsito foi cortado nos dois sentidos daquele troço, cerca das 15h45, em virtude da proximidade das chamas. Segundo a fonte, os veículos estão a ser encaminhados para a Estrada Nacional (EN) 18, que nessa zona está aberta ao trânsito.

O incêndio obrigou também, na terça-feira à tarde, à suspensão da ligação ferroviária da Beira Baixa, entre Castelo Branco e a Covilhã, disse à agência Lusa fonte da Infraestruturas de Portugal (IP). A circulação foi reaberta esta madrugada.

Fogos que começam à noite não podem ter "mão bondosa" 

O secretário de Estado da Administração Interna afirmou na terça-feira que os fogos que começam à noite e em "lugares estratégicos e cirúrgicos" não podem ser de "mão bondosa", apontando situações de "criação de incêndios".

"Estou apenas a constatar o que está a acontecer: e não é às 22h30 que nasce um incêndio em Idanha e que podemos culpar o sol e nem são dois incêndios em Vila de Rei, [ocorridos hoje] depois de [o fogo] estar extinto e que aparecem em locais estratégicos e cirúrgicos, que são de mão bondosa", afirmou.

O governante falava ao final da noite de terça-feira, no Fundão, concelhos onde desde domingo lavra um incêndio de grande dimensão, que tem dizimado Serra da Gardunha e que começou na madrugada desse dia no Louriçal do Campo, no concelho de Castelo Branco.

Um sítio onde, segundo o secretário de Estado, já se tinham registado, anteriormente, 20 tentativas de incêndios, todas apagadas com sucesso, até que "conseguiram o pretendiam", referiu.

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