"É preciso convencer os governantes" a "acabar com este estado de abandono do mundo rural", diz o herdeiro da Casa Real portuguesa.
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O herdeiro da Casa Real portuguesa defendeu esta quinta-feira que "a morte e sofrimento" dos trágicos incêndios deste ano "não pode ser em vão", sendo preciso convencer o Governo a acabar com o abandono rural e impunidade dos incendiários.
Na véspera do dia da Restauração da Independência, Duarte Pio profere esta quinta-feira, ao final da tarde, a sua tradicional mensagem aos portugueses do 1º de Dezembro, texto ao qual a agência Lusa teve acesso.
"As minhas primeiras palavras neste findar do ano de 2017 são de pesar pelas vítimas dos incêndios da nossa floresta e para manifestar solidariedade para com os sobreviventes que viram ceifadas tantas vidas de familiares e tantos bem destruídos em seu redor. A morte e sofrimento de tantas pessoas não pode ser em vão", afirmou.
Na opinião do herdeiro da Casa Real portuguesa, "é preciso convencer os governantes" a "acabar com este estado de abandono do mundo rural, e de impunidade das pessoas e organizações criminosas".
"Em muitos países os incendiários são considerados homicidas e punidos como tal", comparou.
Para Duarte Pio, é preciso "restaurar o interior do país com mais pessoas a cuidar do território e em particular das florestas".
"Não basta o combate heroico das corporações de bombeiros. Temos a obrigação de agir já, com conhecimento científico e coragem política, como agiram os nossos antepassados", defendeu.
O monárquico focou-se ainda na questão económica porque "já todos perceberam que um país com uma dívida colossal não poderá ter qualquer ilusão de independência política" e por isso pede sejam usados "com prudência os recursos" da "débil economia" portuguesa e "não os gastar de modo não sustentável".
Duarte Pio congratulou-se com o facto de o 1.º de Dezembro ter voltado a merecer um feriado, lembrando que este "também marcou a vida do povo português com sofrimento".
"A falta de solidariedade e a incerteza no futuro é maior num sistema que pode eleger populistas do que na certeza de uma Casa Real, cujo único poder resulta da identificação com a nacionalidade. Como sucedeu no 1.º de Dezembro de 1640 e como poderá suceder no futuro, se todos assim quisermos", alertou.
Os "representantes dos Reis de Portugal poderiam ter escolhido", de acordo com Duarte Pio, "a via seguida por muitas famílias reais exiladas: limitar-se a viver no lugar que a história lhes reservou, mas não o fizeram".
"Entendo que devo seguir a minha consciência e continuar a percorrer o país e o mundo a apregoar os aspetos positivos de Portugal, contando com a simpatia das populações e mesmo a contragosto de alguns", justificou.
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