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Equipa da Polícia Marítima pronta "para salvar vidas"

Patrulhamento do ano passado saldou-se em 3600 resgatados do mar.

01 de maio de 2017 às 09:51

Onze elementos da Polícia Marítima, auxiliados por dois faroleiros, iniciam hoje, na ilha grega de Lesbos, uma missão de patrulhamento de fronteiras semelhante à realizada em 2016, ano em que os portugueses resgataram mais de 3600 refugiados (900 deles crianças, incluindo bebés) em risco de vida no Mediterrâneo.

"O objetivo principal é o controlo e vigilância da fronteira marítima da Grécia e o combate ao crime. Mas, como aconteceu no anterior empenhamento [outubro de 2015 ao mesmo mês de 2016], se nos depararmos com pessoas em risco estamos prontos para salvar vidas", explica ao CM o chefe Pacheco Antunes, líder do contingente que hoje inicia a Poseidon 2017.

Esta missão, da agência europeia Frontex, de controlo de fronteiras, começou a ser preparada há alguns meses e conta com a experiência da Poseidon 2016. "Liderei a primeira missão em outubro de 2015. Os locais estão muito felizes pelo nosso regresso", assegura Pacheco Antunes.

Os elementos da Polícia Marítima - 42 na Grécia até ao final de outubro, em rendições de dois meses - receberam apoio psicológico. "É importante ter ferramentas para lidar com o que vimos [resgate de bebés mortos]. Tivemos ainda treino de suporte básico de vida e oxigenoterapia, com a qual salvámos vidas na missão anterior", afirma Pacheco Antunes, de 47 anos.

A situação atual em Lesbos é "muito diferente" da vivida em 2016. "Há menos refugiados e botes. É esporádico e o ano passado acontecia algo todos os dias", assegura o chefe.

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