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GNR PREPARA NOVA FORÇA PARA OPERAÇÃO NO IRAQUE

O Comando-Geral da GNR já deu ordens para iniciar a preparação de uma nova força para intervenção no Iraque no sentido de render a actual, segundo disse ao Correio da Manhã um alto responsável daquela força militar de segurança. A informação foi confirmada pela 5ª Repartição do Comando-Geral da Guarda e constituição da nova força classificada como “uma medida normal no seio de uma estrutura militar”.

10 de agosto de 2004 às 00:00

É que, se bem que o compromisso nacional de participação no processo de paz no Iraque termine a 12 de Novembro, a verdade é que se o Executivo quiser renovar a presença portuguesa naquele país a GNR terá necessariamente que dispor de forças preparadas para o efeito, “algo que não se faz de um momento para o outro”.

Se a posição do Governo for o ‘não’ isso significará uma desmobilização, um processo administrativo, rápido e de gabinete, mas já o ‘sim’ e o consequente envio de uma nova força significa pelo menos quatro meses de preparação e treino. “Se o Governo decidir que a Guarda vai continuar no Iraque teremos que ter forças preparadas, mas se a opção for a inversa a formação nunca se perde, será sempre uma mais-valia”, foi-nos adiantado.

Os homens já começaram a ser seleccionados, todos voluntários, e foi inclusive escolhido o comandante do novo subagrupamento, um capitão que serviu na força que esteve empenhada no Algarve, durante o Euro 2004.

A ser enviado um novo contingente irá substituir o subagrupamento cujo último grupo partiu ontem de Figo Maduro, 46 homens que tiveram a despedir-se o ministro da Administração Interna e o comandante-geral da GNR. Os homens e carga foram transportados num C-130 da Força Aérea.

TENSÃO XIITA VOLTA A NASSÍRIA

Os homens que partiram de Lisboa vão encontrar um ambiente de tensão em Nassíria, na sequência de novo ataque xiita à sede de um partido governamental. É mais uma fase dos confrontos entre as forças da coligação e o Governo iraquiano, por um lado, e os rebeldes, por outro, depois de na sexta-feira da semana passada ter sido acordado um cessar-fogo. Os incidentes provocaram pelo menos dez mortos, na sequência de ataques dos rebeldes e consequente reacção das forças do Exército italiano. A GNR teve que empenhar uma força na noite de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, que foi guarnecer um dos pontos mais sensíveis de Nassíria, uma esquadra da polícia iraquiana que anteriormente tinha sido atacada pelos rebeldes. A GNR ocupou uma posição de segurança de retaguarda, e não foi empenhada directamente nos combates, mas teve que abrir fogo contra posições rebeldes, que estavam posicionadas da margem oposta do rio Eufrates, como confirmou ao CM a 5ª Repartição do Comando-Geral da GNR. Os rebeldes flagelavam as forças de coligação.

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