Será analisado não só o projeto inicial do ascensor, como a sua posterior eletrificação e "sucessivas melhorias e renovações".
O historial de manutenção e supervisão do elevador da Glória será analisado exaustivamente pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que vai contar com ajuda externa na sua investigação.
Em conferência de imprensa na sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, o coordenador do GPIAAF, Nelson Oliveira disse que será analisado "tudo o que seja relevante para a investigação".
Será analisado não só o projeto inicial do ascensor, como a sua posterior eletrificação e "sucessivas melhorias e renovações", mas sobretudo o historial de manutenção e fiscalização, disse Nelson Oliveira, ao lado do diretor nacional desta polícia, Luís Neves, do diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), Francisco Corte Real e do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Álvaro Almeida.
"Há muito historial, quer do funcionamento, mas principalmente de qual é o regime de manutenção a que está sujeito, o regime de supervisão, de fiscalização por entidades externas, é tudo isso que iremos olhar, registo de manutenção, portanto será feita uma análise perfeitamente exaustiva, isso posso garantir a toda a documentação que seja relevante", disse.
Nesta análise inclui-se também "a formação das pessoas que fazem as intervenções, os contratos que existem de prestação de serviços com os prestadores externos à Carris".
Nelson Oliveira recusou comprometer-se com um prazo final para a conclusão da investigação, reiterando que apenas pode prometer um relatório preliminar no prazo de 45 dias e que o tempo de elaboração do relatório final "dependerá dos meios com que o GPIAAF venha a ser dotado, entretanto", depois de ter sido questionado sobre que resposta tinha existido ao pedido para contratar mais um investigador.
"Deve ficar também claro que a admissão de um ou dois investigadores não resolve as situações de imediato, porque um investigador para ser formado necessita de dois anos. Mas eu não me queria alongar sobre esta matéria, este não é o momento nem o local. Nós estamos num dia de luto nacional e municipal devido a este trágico evento", disse.
"Mas queria, no entanto, deixar esta convicção de que seguramente o Estado português, através do Governo, irá dotar muito brevemente o GPIAAF com os meios de que necessita, porque o respeito às vítimas que houve este incidente assim o exige", acrescentou.
Ainda questionado quanto à auditoria externa sobre o acidente pedida à Carris pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o coordenador do GPIAAF disse que esse pedido era uma novidade para si, mas sublinhou que as investigações do Ministério Público e do gabinete têm prioridade e prevalência sobre quaisquer outras que possam vir a existir.
"Sendo certo que o GPIAAF, no que lhe diz respeito, em qualquer momento da investigação, se identificar algum aspeto que entenda que constitui um risco imediato, nesse mesmo momento informará as autoridades competentes para que tomem as devidas precauções ou tomem as devidas ações, sendo que, tanto quando sei, foi já tomada uma medida cautelar que parece avisada, que é ter parado os outros ascensores até ser feita uma peritagem por uma entidade independente", acrescentou.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos.
O Governo decretou um dia de luto nacional, cumprido esta quinta-feira.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
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