A inteligência é hereditária e é transmitida pelas mães aos filhos. Exactamente por isso, e sem o fazerem conscientemente, os homens procuram casar com mulheres até três vezes mais inteligentes que eles próprios.
Estas são as conclusões de um estudo sobre o papel da selecção sexual na evolução da inteligência humana elaborado por um grupo de cientistas do Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra. Estes cientistas procuram agora localizar o gene da inteligência.
Em declarações ao CM, um dos elementos da equipa de investigadores da Universidade de Coimbra, Hamilton Correia, explicou que “contrariamente à teoria actual, segundo a qual a inteligência é determinada por cerca de uma centena de genes”, os cientistas de Coimbra descobriram que afinal “existem apenas um ou dois genes responsáveis pela inteligência de cada um e que estes genes provêem da mãe”.
“À semelhança do que já se tinha verificado nos estudos com ratos, também nos humanos são as mulheres que transmitem os genes da inteligência aos seus filhos”, explica Hamilton Correia, adiantando que “se tivermos uma mãe inteligente temos 80% de possibilidades de também sermos inteligentes”.
Este trabalho, desenvolvido ao longo de dois anos, teve por base uma amostra de 66.598 casais portugueses vem, também, mostrar que os homens dão uma importância maior à inteligência do que as mulheres. “As análises que efectuámos em relação ao casamento na sociedade portuguesa mostram que os homens preferem casar com mulheres até três vezes mais inteligentes”.
O investigador esclarece, porém, que este estudo não vem provar que as mulheres são mais inteligentes que os homens ou vice-versa. “A média de inteligência geral não é diferente entre os dois sexos, contudo os casos de extremos verificam-se mais no sexo masculino, ou seja, existem muito mais génios e deficientes mentais no sexo masculino”.
Os resultados do estudo efectuado pela equipa coimbrã revelam que “pode existir uma razão biológica para que o insucesso escolar seja sobretudo um problema do sexo masculino”. Por conseguinte, e como explica Hamilton Correia, quando o gene da inteligência for localizado “muitos dos problemas associados a dificuldades cognitivas, como o insucesso escolar, poderão ser resolvidos”.
O estudo realizado pela equipa composta, além de Hamilton Correia, pelos professores Manuel Laranjeira e Paulo Gama Mota foi publicado no número de Abril da revista britânica de ciência social “Journal of Biosocial Science” da Universidade de Cambridge.
O Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra está a desenvolver mais três estudos relacionadas com a inteligência. Um destes estudos tem por objectivo determinar se há uma relação entre o peso de uma criança quando nasce e o seu desempenho escolar. Outra investigação também relacionada com o sucesso escolar procura saber qual é a relação entre a medida do cérebro e as notas obtidas pelas crianças e adolescentes na escola. O terceiro estudo está relacionado com a hereditariedade da inteligência e visa estabelecer uma relação entre as notas que as mães tiveram quando andavam na escola e as notas obtidas pelos seus filhos. Nenhum destes estudos está ainda completo, mas o Departamento de Antropologia espera poder publicar alguns resultados dentro de dois ou três meses.
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