Ex-mulher de magistrado também é investigada pela PJ.
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Rui Rangel e a ex-mulher Fátima Galante, ambos juízes desembargadores, são os principais alvos de uma megaoperação da PJ que decorreu esta manhã, por fortes suspeitas de corrupção em decisões que tomaram, ao longo dos anos, em tribunais superiores. Há indícios de que, em acórdãos que proferiram, venderam decisões judiciais em favor das partes - recebendo subornos milionários. Respondem ainda por branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Polícia Judiciária faz buscas em casa de Rangel
Foram detidos, na manhã desta terça-feira, cinco pessoas, entre as quais dois advogados e um oficial de justiça. Foram ainda constituídos vários arguidos.
A operação, denominada pela PJ como "Operação LEX", contou com mais de 100 inspetores no terreno, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, e passou por detenções e buscas em 33 locais - como as casas de Rangel e Galante, o Tribunal da Relação de Lisboa, onde o juiz exerce funções e tomou as decisões em causa, na SAD do Benfica, onde aquele mantém uma relação de proximidade com Luís Filipe Vieira, depois de ter concorrido com ele à presidência do clube, e ainda na própria casa do dirigente das águias.
Os encarnados confirmaram a realização de buscas por parte da Polícia Judiciária, mas assinalaram que a investigação em curso "não tem por objeto" o clube lisboeta. "O Sport Lisboa e Benfica confirma a realização de buscas no âmbito de uma investigação que não tem por objeto o clube e que se encontra em segredo de justiça", indica a nota publicada no sítio oficial na Internet.
Ao que o CM apurou, os magistrados estão a ser alvo de buscas e foram constituídos arguidos para se apresentarem no Supremo Tribunal de Justiça em primeiro interrogatório judicial.
Antigo PGR Souto Moura acompanha buscas a casa de Rangel
O advogado Santos Martins, detido juntamente com o filho esta manhã, é suspeito de branqueamento, ao ter servido de 'testa de ferro' no esquema de Rangel, recebendo subornos em nome do juiz para depois lhe fazer chegar o dinheiro de forma faseada. Foi, de resto, este esquema que denunciou Rangel, ainda em 2016 - no dia em que a PJ, no âmbito da operação Rota do Atlântico, ao investigar o empresário José Veiga, apanhou centenas de milhares de euros depositados nas contas de um jovem desconhecido. Era o filho do advogado Santos Martins, que usaria as contas do jovem para receber fortunas cujo destinatário seria Rui Rangel - conforme o CM revelou em outubro de 2016.
Depois, numa busca ao advogado, lá estavam talões de depósito em contas do juiz - sempre abaixo dos 10 mil euros, para não cair nos alertas de branqueamento de capitais - e emails de Rangel sempre a pedir dinheiro ao amigo advogado, de forma compulsiva, ao estilo de José Sócrates com o amigo Santos Silva.
No âmbito desta investigação, há suspeitos de corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal - os juízes -, de corrupção ativa - empresários que beneficiaram de decisões -, e ainda, sobretudo por branqueamento, aqueles que serviram de 'testas de ferro' no esquema, tais como o advogado Santos Martins.
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