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PSP abre inquérito à manifestação de polícias junto ao Capitólio em Lisboa

Desfile por várias artérias da cidade até à zona do Capitólio não foi comunicado à Câmara Municipal de Lisboa.

20 de fevereiro de 2024 às 15:46
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Polícias em protesto concentram-se no local do debate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos

A PSP abriu um inquérito com o objetivo de apurar as circunstâncias em que decorreu a manifestação de polícias junto ao Capitólio, em Lisboa, esta segunda-feira.

A PSP afirma que a manifestação de polícias e militares da GNR na Praça do Comércio foi comunicada à Câmara de Lisboa e que decorreu sem qualquer incidente. No entanto, e segundo comunicado enviado às redações, o desfile por várias artérias da cidade até à zona do Capitólio, onde se concentraram os manifestantes, não foi comunicado, conforme obriga o atual quadro legal.

Este desfile de polícias, que antecedeu o debate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, obrigou ao "corte inopinado de várias artérias da cidade", informa o comunicado. 

"Tendo em conta o eventual envolvimento de polícias da PSP nesta ação não comunicada, a Direção Nacional determinou a abertura do inquérito para apurar as circunstâncias em que decorreu o desfile e concentração junto ao Capitólio, confirmar a eventual participação de polícias da PSP no referido desfile e concentração, de forma a apurar eventual responsabilidade disciplinar, bem como a elaboração de Auto de Notícia a narrar estes factos, para ulterior remessa ao Ministério Público".

No mesmo documento, a Direção Nacional da PSP explica que para segunda-feira foi marcada e comunicada à Câmara Municipal de Lisboa uma manifestação na Praça do Comércio, em Lisboa, pela plataforma que representa os vários sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR), adiantando que a manifestação "decorreu sem qualquer incidente e dentro dos limites legais e com civismo".

"Todavia, a determinada altura, fora do quadro legal que regula o direito à reunião e manifestação, uma parte dos manifestantes decidiu iniciar um desfile por várias artérias da cidade de Lisboa até à zona do Capitólio, onde se concentraram, desfile esse para o qual não existiu qualquer comunicação à Câmara Municipal de Lisboa (CML), obrigando ao corte inopinado de várias artérias da cidade", refere a PSP.

A Polícia de Segurança Pública salienta que "o local final de concentração (junto ao cineteatro Capitólio), também não foi comunicado à CML, conforme obriga o atual quadro legal".

O porta-voz da plataforma que junta os sindicatos da PSP e associações do GNR já disse hoje que a concentração espontânea junto ao Capitólio não põe em causa a legitimidade dos protestos e elogiou o comportamento dos polícias.

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