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Dezenas de professores protestam junto ao Ministério da Educação

Docentes queixam-se da forma como estão a ser geridas as suas carreiras e horários.

05 de setembro de 2017 às 16:49

Dezenas de professores de vários pontos do País protestaram, durante a manhã de terça-feira, junto ao Ministério da Educação, em Lisboa. Em causa, está a lista de colocações. Marco Fonseca, professor de biologia, veio de Braga para se juntar à concentração. Docente há 15 anos, concorreu ao concurso de vinculação extraordinária. Conseguiu entrar nos quadros e vinculou-se, em horário completo, numa escola em Cascais.

"A minha esposa é professora contratada, ou seja, vai ser colocada perto de casa, nos restantes horários incompletos que não foram divulgados. O Ministério alterou o concurso por completo e não fez qualquer tipo de aviso prévio. Eu tenho um filho de dois anos e meio, se eu soubesse que o concurso ia ser assim, tinha continuado como professor contratado, como a minha esposa", conta ao CM o professor de 37 anos.

Marta Alves, natural de Braga, é professora de educação física. Efetiva desde 2006 foi este ano colocada em Pinhel, a cerca de 270 quilómetros de casa. Juntou-se ao protesto por achar que "está em causa a carreira de professor".

Percorri milhares de quilómetros, desde 2000 atrás da efectivação. Fui desde a Madeira até ao Baixo Alentejo e depois de tantos esforços, em prol da carreira, sinto que estou a ser ultrapassada por colegas, com graduação inferior à minha, tudo porque estão a ter acesso a vagas que eu não posso ter", desabafa.

A listagem das colocações foi divulgada pelo Ministério da Educação no dia 25 de agosto. Desde então, os docentes têm estado em constantes protestos e manifestações contra a "não inclusão dos horários incompletos" e o "desrespeito pela graduação dos professores dos quadros", conta ao CM Paulo Fazenda, professor de Viseu. O docente diz ainda que este é um "erro gravíssimo" e que se a tutela não apresentar uma solução alternativa, como "a possibilidade  de quem ficou insatisfeito com a colocação, poder voltar a candidatar-se na primeira reserva de recrutamento, há professores que poderão colocar uma providência cautelar".

Durante esta terça feira, estava ainda prevista a reunião dos professores em protesto com partidos políticos, na Assembleia da República.

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