Alentejo, Madeira e Açores são as regiões do País com maiores carências alimentares. Investigação revela que mais de metade da população é obesa.
A falta de dinheiro faz com que dez em cada cem famílias em Portugal não comprem os alimentos necessários e suficientes para toda a família, incluindo nos casos em que existem menores de 18 anos. Os maiores problemas de carência alimentar registam-se nas regiões do Alentejo, Madeira e Açores. As conclusões são do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, 2015-2016, um estudo liderado por investigadores da Universidade do Porto.
Segundo o estudo, ontem divulgado, as famílias com rendimentos mais baixos e menor escolaridade são as que apresentam prevalências de carência alimentar "substancialmente mais elevadas e mais severas".
Esta realidade não surpreende o médico João Rodrigues, presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiares. "Tem havido um trabalho, ao nível local, na tentativa de colmatar as carências com bolsas alimentares e redes de apoio para cobrir as populações com necessidades básicas, que foram agravadas nos anos de crise económica, que levaram ao desemprego e exclusão social", sublinha João Rodrigues.
Segundo o médico, as famílias com menor poder económico ficam impossibilitadas de aceder a alimentos de melhor qualidade, optando por farináceos, carne de porco, alimentos processados e comida rápida, com elevados teores de gordura e sal.
Esse é um dos problemas identificados no estudo. Um em cada dois portugueses não consome a quantidade de fruta e produtos hortícolas recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Além disso, 1,5 milhões de portugueses (17% da população) consomem pelo menos um refrigerante ou néctares por dia, uma prevalência mais elevada nos adolescentes. No grupo etário dos 10-17 anos, um em cada quatro adolescentes bebe em média dois refrigerantes por dia. Um consumo excessivo de gorduras e açúcares leva à obesidade. O estudo revela que mais de metade da população (6 em cada 10) é obesa ou pré-obesa.
Nível de atividade física é considerado muito baixo no País
O nível de atividade física é, segundo o inquérito nacional, "baixo", revelando que, em apenas 27% da população, os indivíduos com mais de 15 anos foram considerados fisicamente ativos, praticando uma hora de atividade diária. As mulheres são as que praticam menos atividade física, estando as regiões de Lisboa, Alentejo e Algarve associadas a um maior sedentarismo.
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