Nos últimos anos, houve cada vez mais jovens a ingressar no ensino superior e entre 2019 e 2024 a percentagem de jovens dos 25 aos 35 anos com ensino superior passou de 38% para 43%.
Mais de 80% dos trabalhadores com ensino superior têm um rendimento acima da média em Portugal e cerca de um terço ganha mais do dobro, segundo um relatório da OCDE divulgado esta terça-feira que confirma mais-valias também na empregabilidade.
As vantagens de chegar ao mercado de trabalho com um diploma de ensino superior são conhecidas e voltam a ser confirmadas na edição de 2025 do Education at a Glance, o relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que fornece estatísticas sobre os sistemas educativos dos 38 Estados-membros.
De acordo com os dados mais recentes, referentes a 2023, 83% dos adultos entre 25 e 64 anos e com, pelo menos, uma licenciatura, auferiam um salário acima do rendimento médio.
A realidade dos trabalhadores mais qualificados em Portugal contrasta com as condições salariais daqueles com habilitações académicas mais baixas: entre os adultos que concluíram apenas o ensino secundário, 53% ganhavam abaixo do salário médio, percentagem ainda maior entre os trabalhadores que não terminaram o 12.º ano (66%).
Por outro lado, não chegam a 10% aqueles que não tendo chegado ao ensino superior recebem mais do dobro do salário médio. A percentagem é significativamente mais alta entre os diplomados e atinge os 36%.
Além da vantagem salarial, o Education at a Glance 2025 destaca também a relação entre a taxa de emprego e as qualificações, sendo que também neste aspeto são claras as mais-valias do ensino superior.
Com dados de 2024, o relatório da OCDE revela que nove em cada 10 diplomados estavam empregados naquele ano (91%).
A taxa de emprego entre os adultos com 12.º ano é ligeiramente mais baixa (86%) e mais baixa ainda entre aqueles que não concluíram o ensino secundário.
Ainda assim, e em relação à facilidade em conseguir trabalho, as diferenças entre ter ou não ensino superior não são tão acentuadas em Portugal quanto na média dos países da OCDE.
Em Portugal, apenas cinco pontos percentuais separam a taxa de emprego entre os dois graus académicos, diferença que chega aos nove pontos percentuais na média da OCDE.
Por outro lado, são sobretudo as mulheres que beneficiam da formação superior no mercado de trabalho e os dados mostram que as diferenças de género na facilidade em arranjar emprego esbatem-se à medida que aumenta o nível das qualificações.
De acordo com os dados, em 2024, 66% das mulheres entre os 25 e 64 anos sem ensino secundário estavam empregadas. Entre os homens com o mesmo grau de ensino, a taxa era 79%.
Com o ensino secundário, a taxa de emprego era de 82% entre as mulheres e 88% entre os homens e chegando ao ensino superior não existe qualquer diferença: 89% nos dois casos.
Os ganhos mantêm-se também à medida que os estudantes prosseguem os estudos no ensino superior, com maior facilidade em arranjar trabalho para os trabalhadores com mestrado e, sobretudo, doutoramento, em relação aos que tiraram apenas licenciatura.
Nos últimos anos, houve cada vez mais jovens a ingressar no ensino superior e entre 2019 e 2024 a percentagem de jovens dos 25 aos 35 anos com ensino superior passou de 38% para 43%.
Ainda assim, Portugal continua a ser um dos países com maior percentagem da população adulta que não tem sequer o 12.º ano (38%).
As licenciaturas continuam a ser a principal porta de entrada no ensino superior e os novos alunos são maioritariamente mulheres, que representam pouco mais de metade.
Por género, as mulheres têm também mais facilidade em concluir o curso em até três anos após o tempo esperado.
Quanto ao abandono escolar, Portugal parece estar melhor do que a média da OCDE, com uma percentagem de 8% de abandono após o primeiro ano do curso, comparativamente a 13% da média dos estados-membros.
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