O deputado do PS Ricardo Rodrigues disse esta sexta-feira em tribunal, no julgamento do 'caso dos gravadores' dos jornalistas da revista 'Sábado', que assim que respondeu às primeiras questões incómodas colocadas por Maria Henrique Espada e Fernando Esteves começou a "elaborar um plano de como iria impedir a entrevista de sair", o que implicaria uma providência cautelar.
Ricardo Rodrigues prestou declarações enquanto arguido no âmbito do processo dos crimes de atentado à liberdade de expressão e atentado à liberdade de informação contra dois elementos da redacção da 'Sábado', aquando de uma entrevista ocorrida em Abril de 2010, a qual abandonou a meio, levando os gravadores dos jornalistas.
"Fui criando a convicção de que os gravadores eram a prova para que um juíz desse seguimento a uma providência cautelar", referiu o deputado do PS, que durante toda a manhã respondeu a questões colocadas pela juíza e pela procuradora do Ministério Público.
"Achei que tinha o direito a não ser insultado, o direito da entrevista não ser publicada e que não havia risco de saírem informações sobre factos da minha vida que têm anos. A insinuação de pedofilia é completamente ilícita e eu disse que era um insulto e que ia sair", disse.
Ao abandonar o local da entrevista, realizada na biblioteca da Assembleia da República, o deputado levou os gravadores dos jornalistas, que tentou entregar ao comandante do posto de polícia, que não os aceitou, e depois a Estrela Serrano, na altura vogal da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), que também não ficou com o material dos jornalistas.
Ricardo Rodrigues disse que considerou três temas da entrevista "um insulto". O primeiro foi sobre o engenheiro Cravinho [caso enriquecimento ilícito] e depois sobre um off-shore de uma cliente sua. "A partir daquele momento apercebi-me que a entrevista, afinal, não era tão ingénua e que havia um objectivo que era o de me ofenderem", disse.
Mas o socialista admitiu que o que mais o "perturbou" - "ainda hoje não consigo falar disso", referiu - foi "o caso de pedofilia". "É o que me tira toda a racionalidade. Envolveram-me num processo de crime de pedofilia com que nada tenho a ver. O caso data de 2003, numa altura em que decorria no Continente o processo 'Casa Pia', o que levou à minha demissão do Governo Regional dos Açores", contou.
Ricardo Rodrigues lembrou à juíza que podia ter pedido imunidade parlamentar, no caso de pedofilia, mas não o fez e prontificou-se a clarificar tudo, de modo a acabar com os rumores que o envolviam "injustamente" naquele caso.
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