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Faça o teste. A hepatite não espera

A hepatite é uma inflamação do fígado que, na maioria dos casos, passa despercebida até já ser tarde demais.

31 de julho de 2025 às 12:08

Em Portugal, mais de 50 mil pessoas vivem com hepatites virais, muitas das quais sem saberem. A falta de sintomas visíveis nos estádios iniciais é um dos maiores riscos desta doença, que, quando não é diagnosticada e tratada a tempo, pode evoluir para complicações graves como cirrose, insuficiência hepática ou cancro do fígado.

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“A hepatite não pode esperar”

Neste contexto, a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado () promove, no âmbito do Dia Mundial das Hepatites, assinalado a 28 de julho, uma campanha nacional de consciencialização com o tema “A hepatite não pode esperar”. O objetivo é claro: alertar para a importância do diagnóstico para a deteção e tratamento que são eficazes no controlo da evolução e mesmo curar a doença, assim como para a prevenção de novas infeções.

O que são as hepatites virais?

As hepatites virais são infeções causadas por vírus que atacam diretamente o fígado. Existem cinco tipos principais: A, B, C, D e E. Destes, os tipos B e C são os mais preocupantes em termos de saúde pública, pois são responsáveis pela maioria das infeções crónicas e das mortes relacionadas com a doença.

A hepatite B é transmitida através do contacto com sangue ou fluidos corporais contaminados e pode ser prevenida com vacina, que em Portugal faz parte do Programa Nacional de Vacinação desde 1995. Já a hepatite C, também transmitida pelo sangue, não tem vacina, sendo por isso fundamental adotar comportamentos seguros: evitar a partilha de agulhas, seringas, material de tatuagem e de consumo de drogas, bem como usar preservativo nas relações sexuais ocasionais.

A hepatite é, frequentemente, silenciosa. Pode permanecer assintomática durante anos, enquanto o vírus vai danificando o fígado. Por isso, o rastreio é a única forma de diagnosticar a infeção e de iniciar tratamento atempadamente, prevenindo complicações graves e reduzindo a transmissão a terceiros.

Um problema global, uma solução local

Em todo o mundo, estima-se que cerca de 350 milhões de pessoas vivem com hepatite B ou C, provocando anualmente 1,4 milhões de mortes. A boa notícia é que esta é uma doença evitável, tratável e, no caso da hepatite C, curável.

“A hepatite muitas vezes, não apresenta sintomas até atingir fases avançadas. Isso torna o diagnóstico ainda mais importante”, alerta Paula Peixe, médica gastrenterologista e presidente da APEF. Segundo esta responsável, “é fundamental que as pessoas conheçam o seu estado serológico e que se testem”. “Saber é poder: poder tratar, evitar complicações e impedir a transmissão a outros”, afirma.

De acordo com Paula Peixe, a hepatite C é hoje curável, com taxas de sucesso superiores a 95%. E no caso da hepatite B, embora ainda não seja curável, existem tratamentos eficazes que permitem controlar a infeção e evitar danos no fígado.

Milhões podem ter hepatite sem saber; o diagnóstico protege a saúde
Milhões podem ter hepatite sem saber; o diagnóstico protege a saúde

Diagnosticar para salvar

Nos últimos anos, Portugal tem registado avanços importantes no combate às hepatites virais. As campanhas de sensibilização, o reforço da vacinação e a disponibilização de tratamentos antivíricos eficazes contribuíram para reduzir significativamente a prevalência da doença.

Contudo, o desafio ainda é grande. Há milhares de pessoas infetadas que desconhecem o seu diagnóstico. “Queremos que todos saibam que esta é uma doença que pode ser prevenida, tratada e, no caso da hepatite C, curada. Mas para isso, é preciso saber que se está infetado”, sublinha Paula Peixe.

É por isso que o diagnóstico se assume como a principal arma contra a doença. O rastreio pode ser feito através de um simples teste serológico, rápido e disponível em vários contextos, incluindo centros de saúde, hospitais e campanhas específicas promovidas por entidades como a APEF.

Ao diagnosticar a tempo, é possível iniciar o tratamento e evitar que a infeção evolua. Além disso, a deteção da infeção permite interromper a cadeia de transmissão, contribuindo para proteger a saúde pública.

Paula Peixe acredita que a mensagem principal é simples e urgente: “A hepatite não pode esperar.”

Consulte o da APEF para saber mais sobre os locais de rastreio e os comportamentos de prevenção.

A hepatite muitas vezes, não apresenta sintomas até atingir fases avançadas. Isso torna o rastreio ainda mais importante
Paula Peixe

Médica gastrenterologista e presidente da APEF 

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