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Adega de Pegões distinguida como melhor produtor de vinho do mundo no Canadá

A Adega de Pegões foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, o melhor produtor de vinhos do mundo na Sélections Mondial des Vins, o maior concurso de vinhos realizado na América do Norte, onde participaram mais de 400 produtores de 26 países.

13 de dezembro de 2025 às 09:00

A Adega de Pegões foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, o melhor produtor de vinhos nas Sélections Mondial des Vins, o maior concurso internacional de vinhos da América do Norte, que decorreu recentemente em Montreal, no Canadá. O prémio, atribuído à empresa que tem cinco vinhos com média mais alta entre as classificações atribuídas pelo júri, foi atribuído à Adega de Pegões, que obteve 92,4 pontos em 100. O resultado é sobretudo relevante, por ter sido alcançado num mercado como o canadiano, muito significativo para a empresa e para o sector vitivinícola nacional em geral. “A Adega de Pegões vende cerca de um milhão de euros de vinhos por ano para o Canadá”, revela Jaime Quendera, diretor geral e enólogo da Adega de Pegões acrescentando que o prémio alcançado pela sua empresa é, por isso, ainda mais significativo.

Em competição estiveram 1550 amostras de produtores de 26 países, entre os quais Portugal, que concorreu com 294 amostras de algumas dezenas de produtores. No evento, os vinhos Papo Amarelo Reserva branco de 2024, Adega de Pegões Arinto branco de 2023 e Adega de Pegões Colheita Selecionada tinto de 2021, da empresa de vinhos da Península de Setúbal, receberam Grande Medalhas de Ouro, o galardão mais alto de um concurso oficial, que só distingue 30% dos vinhos concorrentes. “No total, para além das três medalhas de Grande Ouro, tivemos 10 de Ouro”, conta Jaime Quendera.

Este ano, mais de 800 vinhos em competição eram provenientes de quatro dos principais produtores mundiais - Portugal, França, Itália e Espanha – e mais de 67% de todas as amostras apresentadas no concurso tiveram origem na Europa, o que demonstra a importância do mercado canadiano para os produtores do velho continente.

Adega de Pegões eleita melhor produtor de vinho do mundo no Canadá pelo 2º ano
Nas caves da adega estagiam, todos os anos em barricas de madeira, alguns milhões de litros de vinho antes de serem engarrafados

Mais de mil prémios numa década

A Adega de Pegões produz, todos os anos, vinhos de qualidade, o que lhe permite concorrer, de igual para igual, no mercado global com os seus principais competidores internacionais. Os mais de 1.200 prémios internacionais conquistados na última década são um reflexo do trabalho da sua equipa. “Uma das grandes vantagens desta adega é o profissionalismo e competência de todas as pessoas ligadas à sua cadeia de valor, desde os nossos associados, na vinha, até aos que trabalham na adega”, salienta Jaime Quendera, acrescentando que isso tem contribuído significativamente para o sucesso da Adega de Pegões ao longo dos anos, e para a resiliência da empresa que gere, em períodos de crise como os mais recentes.

É a agricultura moderna que garante o futuro. Por isso, a Adega de Pegões tem o seu assegurado, porque parte da sua equipa é constituída por jovens com formação, mas também porque uma parcela significativa dos seus cooperantes o são. “Temos, atualmente, 100 sócios, que usam clones selecionados em vinhas plantadas em extensão, que são mecanizadas e estão em plena produção”, conta Jaime Quendera, garantindo que o foco da empresa “é produzir bom vinho, com boa imagem, a bom preço, premissa que tem levado a empresa a ter tido um crescimento sustentado até agora”. Para o responsável, estes objetivos são alcançados com base num conhecimento profundo de todo o sistema produtivo, desde a vinha aos vinhos são colocados no mercado. E são alcançados através de um trabalho sistematizado para cada referência.

Adega de Pegões: melhor produtor de vinho do mundo no Canadá pelo segundo ano
Adega de Pegões: melhor produtor de vinho do mundo no Canadá pelo segundo ano

Subida de 5% nas vendas

“Em Pegões temos tudo identificado, incluindo as castas e cada parcela de vinha de cada um dos cooperantes, pois a qualidade dos vinhos que colocamos no mercado começa na forma como é feito o maneio no campo”, explica Jaime Quendera.

As vinhas são vindimadas no ponto certo de maturação, para serem vinificadas em separado na adega em função da sua qualidade. Todo este trabalho contribuiu para que a Adega de Pegões vá registar, até ao final do corrente ano, um volume de negócios de 26 milhões de euros, o que representa um crescimento de 5% das vendas, em valor, em relação ao ano passado. Esta evolução acontece numa altura em que o mercado global de vinhos se encontra em retrocesso, devido à diminuição do consumo no mundo. No entanto, as vendas de vinho da Adega de Pegões subiram entre 7 e 8% no mercado externo e 1 e 2% em Portugal.

Os principais mercados onde ouve uma evolução positiva das vendas foram Canadá, Polónia, Holanda e Inglaterra. Para isso está a contribuir o crescimento das vendas de marcas de vinho “com muito sucesso”, como o Papo Amarelo, Alto Pina Reserva ou Rovisco Pais tinto.

“Ao mesmo tempo temos lançado colheitas especiais, como o Fontanário de Pegões Vinhas Velhas, eleito o melhor vinho português na Ásia, ou o Adega de Pegões Grande Reserva, premiado várias vezes, que têm ajudado a melhorar o negócio da adega num ano em que também tivemos o maior crescimento das vendas em valor nos vinhos super premium”, conta Jaime Quendera. Acrescenta que “são referências cuja qualidade se compara com os da concorrência, que são vendidas a preços significativamente mais baixos, e as pessoas apercebem-se disso”. 

A Adega de Pegões é, atualmente, a maior cooperativa do sector vitivinícola do país, transformando uvas produzidas numa área de vinha superior a 1100 hectares. Está plantada em zona de aluvião entre os estuários do Tejo e do Sado, caracterizada por ter solos arenosos e um lençol freático permanente bastante próximo da superfície, o que permite, aos viticultores, terem água disponível para suprir as necessidades das plantas durante todo o ano. Isso faz com que as produções das suas vinhas estejam menos dependentes das oscilações anuais do clima e sejam mais uniformes.

Outra das vantagens da Adega de Pegões em relação à concorrência, é as vinhas estarem plantadas em terrenos planos e serem quase todas mecanizadas. Isso contribui significativamente para que o custo por quilo de uva para a produção de vinho seja mais baixo do que noutras regiões do país. Só assim a empresa consegue concorrer, no mercado global, com produtores da Argentina, Austrália, Chile, Califórnia, França, Espanha ou Itália, que têm condições semelhantes.

Vinhos competitivos e de qualidade

“Nós temos capacidade concorrencial, mantendo a qualidade dos vinhos que colocamos no mercado”, defende o diretor- -geral da adega. É verdade que isso significa que a empresa vende vinhos baratos. “Mas este tipo de gestão permite que comercialize, também, os da gama média e de preços mais elevados”, explica, acrescentando que foi dessa forma que conseguiu entrar nas Filipinas, hoje um dos principais mercados de exportação da Adega de Pegões. “Se não o tivesse feito, não tinha conseguido entrar com as outras marcas”, defende Jaime Quendera, explicando que é desta forma que este tipo de negócios é feito.

O enólogo espera que o crescimento das vendas da empresa se mantenha em 2026. “Já ganhámos um tender na Finlândia e há mais listagens a acontecer, o que significa o crescimento garantido em certos mercados”, explica o enólogo. Um tender é uma proposta formal apresentada por uma empresa, neste caso a Adega de Pegões, para fornecer serviços ou produtos, neste caso vinhos, em resposta a um  convite de um comprador.

Trata-se de um processo competitivo e transparente utilizado por organizações públicas e privadas para adjudicar contratos, garantindo a equidade e o custo-benefício. No entanto, há uma contração no consumo de vinhos no mundo, acompanhada por uma retração na produção, com vinhas a serem eliminadas em França, por exemplo. Em face das tendências atuais do mercado, Jaime Quendera perspetiva uma redução da oferta que poderá contribuir para o crescimento das vendas da sua empresa e das suas margens, atualmente muito reduzidas devido ao excesso de oferta, num mercado sempre muito concorrencial como é o dos vinhos de grande volume. Para Jaime Quendera, a qualidade dos vinhos da colheita de 2026 “é muito boa, o que contribuirá para o aumento da sua procura”.

O próximo ano será também de investimentos na receção das uvas na adega, para ampliar e melhorar a sua qualidade. Os viticultores associados da Adega de Pegões apanham as suas uvas de forma mecanizada, cada vez mais rápido e no ponto ótimo, o que faz coincidir a chegada das uvas à adega num período curto de tempo. “Se tivermos uma capacidade mais rápida de receber as uvas, melhor fazemos e melhor vinho temos”, explica Jaime Quendera, revelando que também serão feitos investimentos na mecanização dos finais de linha, incluindo a paletização e formação de caixas, para aumentar a rapidez de processos.

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