Com a consolidação do Festival F, o foco do evento agora é em aprimorar a qualidade da experiência e o seu impacto comunitário. Exemplo disso é a excelente programação paralela
31 de agosto de 2025 às 09:00Mais de uma década depois da sua primeira edição, o impacto do F extravasa largamente as datas do festival e o recinto dos concertos e, de alguma forma, serviu até de alavanca para uma transformação urbana e turística da cidade e do concelho. “Com o surgimento e a consolidação do Festival F, a cidade deu a conhecer o seu centro histórico a milhares de visitantes, e fez até com que muitas pessoas de Faro ou do Algarve olhassem com um novo ‘olhar’ para a Vila Adentro, que durante os dias do F se transforma de forma a ser um autêntico palco vivo”, refere o Presidente da Câmara, Rogério Bacalhau, adiantando que, a par de outros eventos âncora do concelho, de que a Concentração de Motos de Faro é expoente máximo, o crescimento do Festival F foi instrumental na estratégia municipal de “valorizar o turismo cultural” e trazer uma alternativa à imagem de destino ‘sol e mar’”, aliando turismo, cultura e património.
Também o programa reflete esta abrangência, indo muito além dos palcos principais. Tertúlias, exposições, artes performativas, um mercado de autor e uma forte aposta na programação infantil – com Nina Toc Toc, “Chinfrim” de Rita Redshoes – garantem que “o F é uma celebração que é, ao mesmo tempo, memória, partilha, presente e futuro”, nas palavras de Gil Silva. A Silent Party by Bandida do Pomar e as instalações artísticas espalhadas pela cidade completam uma oferta que cativa toda a família e cria uma atmosfera única de comunidade. “O ambiente que se vive no recinto do F é muito mais do que música: é encontro, cumplicidade e momentos de partilha”, confirma Gil Silva.
O F é, hoje, sem margem para dúvidas, o Festival de Faro e dos farenses.
Presidente da Câmara Municipal de Faro
Uma História de crescimento e ousadia
O nascimento do Festival F é um testemunho de visão e resiliência. “Para quem não sabe, permitam-me dizer que o Festival F nasceu de um sonho distante meu, do Joaquim Guerreiro e do Vasco Sacramento”, lembra o vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, Paulo Santos. O objetivo era claro: criar um evento transformador para Faro. O cenário escolhido foi a Vila Adentro, um cenário absolutamente único com um património histórico e edificado muito especial – então desconhecido por muitos - e uma proximidade inigualável com a Ria Formosa.
Mas a aposta era arriscada e estava longe de ser consensual. “Pensar e projetar um festival numa zona histórica e sensível como esta, dedicado apenas à música portuguesa, foi seguramente uma aposta de risco por múltiplos fatores”, recorda Paulo Santos. “Por um lado, o contexto financeiro pós-crise era muito difícil para as Autarquias, e em particular para a nossa, e por outro lado, não faltava quem duvidasse da viabilidade de um festival exclusivamente dedicado à música nacional”, acrescenta.
De sonho distante, o F passou a ser património cultural e emocional da nossa cidade
Vice-presidente da CM de Faro
A realidade, porém, provou o contrário. De um evento modesto com cinco palcos e dois dias, o F cresceu a olhos vistos em área e reconhecimento. Hoje, o Festival F conta com nove palcos espalhados por uma área sete vezes superior à inicial, quatro dias de programação e números impressionantes: ao todo, pelo Festival F já passaram mais de 350.000 espetadores e mais de 500 concertos. Um crescimento que espelha uma consolidação profunda do Festival F, que já se consolidou como uma referência da cidade, da região e da música portuguesa.
350.000
O F passou a ser património de Faro
A consolidação do F é fruto de um esforço coletivo. Organizado pela Câmara Municipal de Faro, Ambifaro, Teatro das Figuras e Sons em Trânsito, o festival é um caso de estudo de sucesso na gestão autárquica de um evento de grande escala. Este sucesso seria impossível sem o apoio de patrocinadores e media partners, e, acima de tudo, sem a comunidade. “O F é, hoje, sem margem para dúvidas, o Festival de Faro e dos farenses”, afirma Rogério Bacalhau, destacando o papel crucial de “uma comunidade farense, que tão bem sabe receber quem nos visita”.
Mais de uma década depois da sua primeira edição, em 2014 – com dois anos de interrupção, devido à pandemia -, o Festival F atingiu a maturidade. O foco já não está em quebrar recordes de assistência, mas sim em aprimorar a qualidade da experiência e o seu impacto comunitário. É essa magia, esse sentimento de pertença e de reencontro anual, que define o seu verdadeiro valor. O vice-presidente da Câmara, Paulo Santos, capta perfeitamente essa essência: “De sonho distante, o F passou a ser património cultural e emocional da nossa cidade”.
O F é uma celebração que é, ao mesmo tempo, memória, partilha, presente e futuro
Diretor do Teatro das Figuras e responsável pela programação do Festival F
Ao lado dos concertos, há toda uma programação paralela com tertúlias, exposições, artes performativas, programação infantil e instalações artísticas espalhadas pela cidade na criação de uma atmosfera de comunidade rara em festivais. “O Festival F é encontro, cumplicidade e partilha”, resume Gil Silva.
500
Um legado coletivo
Organizado pela Câmara Municipal de Faro, Ambifaro, Teatro das Figuras e Sons em Trânsito, o Festival F é hoje um exemplo de gestão cultural autárquica. O sucesso só foi possível com patrocinadores, parceiros e sobretudo com a comunidade farense. “O F é, sem margem para dúvidas, o festival de Faro e dos farenses”, reforça Rogério Bacalhau. Mais de uma década depois da edição “zero”, com duas interrupções durante a pandemia, o F entrou na maturidade. O objetivo já não é quebrar recordes, mas melhorar a experiência e fortalecer o sentimento de pertença. “De sonho distante, o F passou a ser património cultural e emocional da nossa cidade”, conclui Paulo Santos. O Festival F chega à 10.ª edição como património vivo, indissociável de Faro e da música portuguesa.
Festival F 2025 - Pontos altos da Programação Parela
Tertúlias & Conversas – debates e encontros com artistas e pensadores. • Exposições – artes visuais no centro histórico de Faro • Artes performativas – espetáculos de rua e instalações imersivas • Mercado de Autor – criatividade e artesanato local • Programação Infantil – Nina Toc Toc e Chinfrim de Rita Redshoes • Silent Party by Bandida – dança sem limites até de madrugada • Instalações artísticas – Vila Adentro transformada num palco vivo
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