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Saúde oral para todas as crianças e jovens de Lisboa

Em três anos o serviço já atendeu 12500 utentes de 45 nacionalidades e realiza 150 atendimentos diários.

25 de agosto de 2022 às 16:07

O SOL - Serviço Odontopediátrico de Lisboa, uma respostas implementada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) para assegurar, de forma gratuita, da saúde oral dos mais novos, já completou três anos de existência e revelou-se, nesta fase, fundamental para ajudar as famílias a enfrentar as dificuldades consequentes da pandemia de Covid-19.

“Nestes três anos muito difíceis e atípicos importa continuar a reafirmar o caráter inovador e pioneiro desta resposta que procura disseminar o conceito de saúde oral como um direito.

As respostas públicas atuais ainda são em grande parte inadequadas e desiguais, deixando demasiadas pessoas sem acesso a cuidados de saúde oral. A SCML, com este forte investimento e com este modelo de assistência e de funcionamento, completamente inovador e pioneiro, com uma equipa inteiramente dedicada, motivada e estimulada, com recursos aos melhores equipamentos e materiais, mostra que este é o caminho para a cobertura universal de saúde oral de qualidade”, afirma André Brandão Almeida, diretor do SOL. Até porque, esclarece o especialista, este é um modelo que alinha “as prioridades de saúde oral e saúde pública com a educação, literacia e investigação com foco na prevenção da doença”.

O SOL está de portas abertas a todas as crianças desde o nascimento e até aos 17 anos, e que residam ou estudem no concelho de Lisboa, independentemente da sua condição económica ou social. “É uma verdadeira resposta de serviço público absolutamente complementar ao SNS numa área que ainda está longe de ser efetiva”, frisa.

O objetivo é mudar o paradigma da saúde oral. “O investimento é grande, mas imensamente mais pequeno comparado ao que nos custará a todos se não passarmos do modelo reabilitador e restaurador para o modelo preventivo e de atenção precoce.

Se ao custo dos tratamentos adicionarmos os custos inerentes ao absentismo escolar e laboral, à subprodução no trabalho, à redução na capacidade de aprendizagem, à desregulação de outras doenças, ao adiamento de cirurgias programadas por infeções orais agudas, aos problemas de socialização, à má nutrição pela dificuldade na mastigação ou ingestão de certos alimentos, entre outros, facilmente percebemos que o custo de deixar a doença seguir o seu trajeto será terrivelmente maior”, alerta André Brandão Almeida.

Como se muda o paradigma de acesso à saúde oral?

O desafio é complementar, em Lisboa, o Serviço Nacional de Saúde com uma resposta integral de cuidados de saúde oral para todas as crianças e jovens até aos 18 anos, reconhecendo a importância de combater os determinantes sociais, políticos e culturais subjacentes à saúde oral, afirmando-a como um direito. O investimento é grande, mas muito mais pequeno comparado ao que nos custará a todos se não passarmos do modelo reabilitador e restaurador para o modelo preventivo e de atenção precoce.

A atividade do SOL integra também a investigação?

É uma parte fundamental do nosso caráter inovador. A nossa casuística é muito grande e merece dedicação e pesquisa para que se possam entender melhor comportamentos e ajudar a produzir melhores práticas clínicas, conhecimento e tratamentos mais inovadores. Já editamos um livro técnico sobre saúde oral infantil que contou com artigos de temas que passam pelo esclarecimento dos critérios de avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico, à importância da família na saúde oral das crianças até à relevância do profissional de saúde oral no diagnóstico e sinalização de crianças abusadas e negligenciadas. Realizámos um estudo sobre os hábitos alimentares das crianças no primeiro confinamento. Fizemos várias apresentações científicas em congressos da especialidade e publicámos uma investigação no International Journal of Environmental Research and Public Health, sobre a condição conhecida como “bruxismo”.

Dr. André Brandão Almeida

Tânia Matos, Diretora da Direção de Saúde da Santa Casa

Contribuir para a saúde global

Correio da Manhã – Que planos há para o futuro do SOL?

Queremos aprofundar a nossa resposta, complementá-la com outras áreas importantes na saúde infantil e juvenil, envolvendo outras áreas clínicas essenciais nesta fase de idade escolar para dessa forma contribuir para a saúde global das nossas crianças.

O aumento do consumo de açúcares livres está a causar um aumento na cárie dentária, bem como obesidade e diabetes. O tratamento médico-dentário por si só pode não conseguir resolver esse problema pelo que se pretende a multidisciplinaridade e o envolvimento de outras áreas clínicas no sentido de contribuir para a saúde global da criança.

Assumindo a saúde oral um papel relevante na qualidade de vida da população, contribuindo para o seu bem-estar físico, mental e social, acreditamos que o SOL constitui uma abordagem inovadora que se traduzirá na obtenção de ganhos em saúde, sempre com o foco na alteração do paradigma de prestação de cuidados. O foco tem que ser o acesso universal, a prevenção e o atendimento precoce.

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8