Comissão Europeia dá luz verde à vacina da Moderna contra a Covid-19, aprovada esta manhã
Testes clínicos revelaram eficácia de 94,1% do fármaco.
A Agência Europeia do Medicamento aprovou esta quarta-feira a vacina da Moderna contra a Covid-19. Trata-se do segundo fármaco a ser aprovado pelo regulador europeu, depois da vacina da Pfizer. Horas depois a Comissão Europeia anunciou a 'luz verde' ao fármaco.
"Acabámos de autorizar a segunta vacina contra a Covid-19. Seguindo a recomendação da Agência Europeia do medicamento, demos autorização condicional para circulação da vacina da moderna a todos os países da União europeia", lê-se na publicação feita nas redes sociais oficiais do organismo.
We have just authorised the second COVID-19 vaccine!
— European Commission (@EU_Commission) January 6, 2021
Following the recommendation of the European Medicines Agency, we have granted a conditional marketing authorisation for the Moderna vaccine for all EU countries.#SafeVaccines #StrongerTogether
Em comunicado a diretora executiva da EMA, Emer Cooke, celebra que "esta vacina dá-nos uma nova ferramenta para ultrapassar a atual emergência", adiantando que o organismo recomenda a autorização para a comercialização da vacina da Moderna "para prevenir a Covid-19 em pessoas com mais de 18 anos".
Explica o regulador europeu que "um grande ensaio clínico mostrou que a vacina contra a Covid-19 da Moderna foi eficaz". O s testes foram feitos em cerca de 30 mil voluntários, dos quais metade recebeu um placebo.
Os ensaios mostraram uma eficácia de 94.1% na redução de casos sintomáticos de Covid-19 (11 em 14 183 vacinados desenvolveram a Covid-19, comparados com 185 dos 14 134 que receberam o placebo).
Os ensaios clínicos mostraram ainda que esta vacina mostrou eficácia de 90,9% em participantes de grupos de alto risco de Covid-19, incluindo pessoas com doença pulmonar crónica, doença cardíaca, obesidade, problemas de fígado, diabetes ou VIH/SIDA.
Esta aprovação surge depois de o comité de medicamentos para uso humano da EMA (CHMP) ter "avaliado exaustivamente os dados sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina e ter recomendado por consenso a concessão de uma autorização formal condicional de comercialização pela Comissão Europeia", adianta o regulador comunitário na nota de imprensa.
Os efeitos secundários mais comuns registados foram dor e inchaço no local da aplicação da vacina, cansaço, dores de cabeça, dores nas articulações, náuseas, vómitos e nódulos linfáticos inchados. O regulador europeu sublinha que a vacina "é segura" e que os efeitos secundários "leves e moderados desapareceram alguns dias após a vacinação".
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