Autoridades alertam para mau tempo nas próximas 72 horas em Moçambique

Há probabilidade persistência de chuva, mantendo-se o alerta devido a possíveis condicionamentos da circulação rodoviária e inundações de zonas ribeirinhas.

30 de dezembro de 2019 às 13:43
Chuvas intensas em Moçambique lembram o "pesadelo" de um passado recente Foto: JOSÉ JECO/LUSA
Chuvas intensas em Moçambique lembram o "pesadelo" de um passado recente Foto: JOSÉ JECO/LUSA
Chuvas em Moçambique Foto: JOSÉ JECO/LUSA

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A Direção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos (DNGRH) em Moçambique alertou esta segunda-feira que o mau tempo no centro e norte de Moçambique poderá prevalecer nas próximas 72 horas.

"A DNGRH avisa que para as próximas 72 horas as bacias hidrográficas dos rios Megaruma, Messalo e Montepuez continuarão a registar volumes altos de escoamento", lê-se num comunicado distribuído à imprensa.

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A previsão da DNGRH, do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos indica que "há probabilidade de persistência de ocorrência de chuvas moderadas", mantendo-se o alerta devido a possíveis condicionamentos da circulação rodoviária e inundações de zonas ribeirinhas.

Os dados preliminares do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades indicam que 8.600 pessoas foram afetadas pela chuva acompanhada de ventos fortes desde o dia 26 de dezembro só na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e pelo menos cinco pessoas morreram.

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A ponte sobre o rio Montepuez, na Estrada Número 380, desabou na madrugada de sábado, isolando sete distritos, na sequência do mau tempo.

No mesmo dia, o Governo moçambicano emitiu um alerta laranja para todas as províncias do país, como forma de dar celeridade à mobilização de recursos para a assistência a vítimas e à reposição de danos, tendo em conta que época chuvosa no país só termina em abril.

Em abril deste ano, alguns pontos da província de Cabo Delgado foram atingidos pelo ciclone Kenneth, que causou a morte a 45 pessoas e afetou outras 250 mil.

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Um mês antes da passagem do Kenneth, o centro de Moçambique foi devastado pelo ciclone Idai, que provocou 604 mortos e afetou cerca de 1,5 milhões pessoas no centro do país, além de destruir várias infraestruturas.

Entre os meses de novembro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por ventos ciclónicos oriundos do Índico e por cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

No total, 714 pessoas morreram durante o período chuvoso em 2018/2019, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth.

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