Capitão fala em "polvo" sobre esquema de corrupção nas messes da Força Aérea

Orlando Pinheiro diz que havia uma "sensação de impunidade" entre os militares envolvidos.

14 de janeiro de 2019 às 18:50
Força Aérea Foto: CMTV
F-16 da Força aérea Portuguesa Foto: Carlos Barroso/Correio da Manhã

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Um capitão disse esta segunda-feira em tribunal tratar-se de "um polvo" o esquema de corrupção nas messes da Força Aérea, sublinhando que havia uma "sensação de impunidade" entre os militares envolvidos, perante "uma situação normal de há muitos anos".

Orlando Pinheiro, com o posto de capitão, atualmente no ativo, que assumiu a gerência da messe do Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea (CFMTFA), na Ota, concelho de Alenquer, em meados de setembro de 2014, foi o segundo dos arguidos a prestar declarações no julgamento do processo conhecido como Operação Zeus, com 68 arguidos, 30 dos quais militares e 38 civis, entre empresas e pessoas individuais, que decorre no Tribunal de Sintra.

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Este oficial contou ao coletivo de juízes que, quando foi substituir o também arguido major António Pinto na gestão da messe, este passou-lhe o serviço e disse-lhe: "Isto é um polvo", em alusão ao esquema de corrupção que vigorava, com a conivência dos fornecedores.

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