Cinco dos detidos em operação na Amadora em prisão preventiva

Outros cinco detidos ficaram sujeitos a termo de identidade e residência, depois de todos os suspeitos terem sido ouvidos em primeiro interrogatório no Tribunal da Amadora.

A operação resultou da investigação de diversos crimes de roubo a pessoas na via pública, "nomeadamente através de força física e com recurso a arma branca, assim como dos utentes dos transportes públicos de caminho-de-ferro, em particular da linha de Sintra", explicou a PSP, numa nota.

A PSP deu cumprimento a oito mandados de busca a residências na área do concelho da Amadora, a grande maioria dos quais no bairro 6 de Maio, detendo seis cidadãos fora de flagrante delito pelo crime de roubo, um por resistência e coação e outros três para apresentação em tribunal.

"Os visados são suspeitos da prática de dezenas de roubos, subtraindo elevadas quantias monetárias, assim como aparelhos eletrónicos de elevado valor", referiu a PSP, acrescentando que "foi possível apreender diverso material fruto dos ilícitos cometidos, os quais vão ser restituídos aos seus legítimos proprietários".

Na quarta-feira, o intendente Luís Pebre, da Divisão da Amadora da Polícia de Segurança Pública, disse à Lusa que nove pessoas tinham sido detidas na operação conjunta da PSP e da Polícia Judiciária (PJ) em bairros da Amadora por crimes violentos em transportes e na via pública.

No entanto, a mesma fonte salientou então que as autoridades continuavam a desenvolver diligências que poderiam fazer aumentar as detenções.

A PJ informou, em comunicado, que, em articulação com a PSP, "deu cumprimento a 13 mandados de busca domiciliária, visando residências situadas no Bairro 6 de Maio, Casal da Mira, Bairro do Zambujal e Estrada Militar, todas no concelho da Amadora".

Além das buscas cumpridas pela PJ, a esquadra de investigação criminal da PSP da Amadora concretizou mais oito buscas, incluindo no bairro do Casal da Boba, na Amadora, e numa residência em Mira Sintra, no concelho de Sintra, revelou fonte policial.

A PJ acrescentou que "as vítimas foram, principalmente, pessoas que, por motivos profissionais ou pessoais, circulavam junto do Bairro 6 de Maio, sendo interpeladas e, depois, roubadas pelos autores", com o recurso a armas de fogo.

No decurso das operações foram apreendidos telemóveis e 'tablets' obtidos nos roubos, roupas utilizadas nos assaltos, que servem como prova, e "uma réplica de uma arma de guerra, supostamente utilizada em assaltos à mão armada", adiantou Luís Pebre.

A réplica era de uma espingarda automática G36, uma das armas utilizadas pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP.

A operação começou às 06h00 de quarta-feira e terminou cerca das 09:00, envolvendo 150 elementos da PSP e da Polícia Judiciária e dois magistrados do Ministério Público, de acordo com fonte policial.