Cirurgias extra custaram 627 milhões entre 2022 e 2025

Há hospitais onde as cirurgias em produção adicional são superiores à atividade normal.

13 de novembro de 2025 às 18:45
Amadora-Sintra é uma das ULS onde as cirurgias adicionais são mais que as realizadas em atividade normal
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As cirurgias em produção adicional custaram ao SNS mais de 627 milhões de euros entre 2022 e o 1.º trimestre deste ano. A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) divulgou esta quinta-feira os resultados das auditorias às 39 ULS e três institutos de oncologia, para avaliar o recurso à atividade cirúrgica em produção adicional face à atividade normal. A IGAS concluiu que a produção adicional "embora seja definida como excecional, é utilizada sistematicamente" para fazer face às dificuldades no acesso aos cuidados de saúde.

Segundo a IGAS, em 70% das entidades analisadas a produção adicional "assume um peso igual ou superior a 30% da produção total, o que demonstra a utilização sistemática deste instrumento como forma de resposta às necessidades assistenciais não satisfeitas pela atividade regular das unidades de saúde". Nalgumas ULS, como a de Amadora-Sintra, Trás-os-Montes e Alto Douro e Castelo Branco, a produção cirúrgica adicional representa mais de metade da produção total. A ortopedia e a oftalmologia são as áreas com maior peso no valor total a pagar por produção adicional, representando 26% e 21%, respetivamente.

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