Comissão Europeia lembra Hungria que já beneficia de isenção para petróleo russo

A Comissão Europeia avisou esta segunda-feira Hungria e Eslováquia que já beneficiam de isenções às restrições para importar petróleo russo, depois de o Governo húngaro anunciar que Washington deu permissão ao país para voltar a receber este combustível.

"É necessário deixá-lo clarificado, uma vez mais [...], reconhecemos as particularidades da Hungria enquanto país sem saída para o mar", disse Paula Pinho, porta-voz da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa em Bruxelas.

A porta-voz do executivo comunitário europeu rejeitou que haja qualquer intenção de "colocar em risco" a segurança energética da Hungria.

A Comissão Europeia recordou que a Hungria e a Eslováquia estão isentas da decisão de restringir e acabar gradualmente com a importação de petróleo russo, pelas carências que têm e impossibilidade de substituir este combustível por outro com a mesma facilidade.

Sobre a alegada exceção dada a Budapeste por parte dos Estados Unidos da América às restrições impostas a este combustível russo, a Comissão Europeia disse que ainda tem de conhecer os detalhes do quadro de sanções da Casa Branca para compreender essa isenção dada às autoridades húngaras.

Em causa está uma declaração do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que diz que recebeu uma isenção indefinida, enquanto as autoridades de Washington referem que a derrogação é de apenas um ano.

Depois de um encontro entre Viktor Orbán e o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, anunciou que a Casa Branca tinha concedido ao país uma "isenção total e ilimitada das sanções contra o petróleo e gás russos.

"Agradecemos esta decisão, que assegurará a segurança energética da Hungria", referiu na ocasião.