Dois ex-investigadores da PJM arguidos no processo do furto de Tancos ouvidos à porta fechada

Requerimento do advogado dos arguidos foi aprovado no início da reunião da comissão parlamentar de inquérito.

02 de abril de 2019 às 11:37
Tancos, armas, roubo Foto: CM TV
Armas roubadas de quartel de Tancos Foto: Pedro Brutt Pacheco
Tancos, armas, roubo Foto: CM TV

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O sargento Mário Lage de Carvalho e o major Pinto da Costa vão ser ouvidos esta terça-feira à porta fechada na comissão de inquérito ao furto de Tancos, a requerimento do advogado, que invocou a sua condição de arguidos.

O requerimento do advogado dos dois ex-investigadores da Polícia Judiciária Militar [PJM] foi aprovado no início da reunião da comissão parlamentar de inquérito, com os votos favoráveis de todos os deputados presentes.

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As audições daqueles ex-investigadores vão ser as primeiras a decorrer à porta fechada na comissão de inquérito. O advogado invocou "a circunstância de ambos terem sido constituídos arguidos", a necessidade da "salvaguarda de direitos fundamentais" e o facto de o processo estar em segredo de justiça.

Segundo o requerimento, os dois ex-investigadores receiam que a divulgação das suas declarações "fora do âmbito da comissão de inquérito os possa colocar em risco sério de ofensa à sua integridade física".

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Segundo o diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, o major Pinto da Costa foi o investigador da Polícia Judiciária Militar que terá desvalorizado uma informação, que a PJ lhe passou três meses antes, de que estaria a ser preparado um furto em instalações militares.

"A conclusão é que o senhor major Pinto da Costa não terá credibilizado e transmitido a informação à hierarquia", declarou Luís Neves, quando foi ouvido na comissão de inquérito, no dia 26 de março.

Os dois investigadores ouvidos etsa terça-feira à porta fechada foram constituídos arguidos no âmbito da Operação Hubris, que investigou indícios de que o aparecimento do material militar, quatro meses depois, foi forjado em conivência entre elementos da Polícia Judiciária Militar e o presumível autor do furto.

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