Duas crianças morrem devido ao mau tempo no centro de Moçambique
Queda de uma árvore teve na origem de uma das mortes.
Duas crianças morreram devido ao mau tempo na província da Zambézia, no centro de Moçambique, anunciou esta segunda-feira fonte do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
A primeira criança, de sete anos, morreu após a queda de uma árvore, que estava próxima à sua casa. A menor "sofreu ferimentos na cabeça, tendo perdido a vida no local", disse Raul Guiliche, delegado do INGD no distrito de Mocuba, citado pela Rádio Moçambique.
O segundo menor, de 12 anos, terá sido "empurrado pelo vento contra a parede da varanda da sua casa", onde se encontrava, avançou o delegado do INGD, referindo que a criança perdeu a vida a caminho do hospital.
Segundo as autoridades, seis escolas foram destruídas na sequência do vendaval e um número não contabilizado de casas foram total ou parcialmente destruídas, afetando 24 famílias.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais.
A mais recente previsão sazonal indica que o centro de Moçambique pode sofrer mais intempéries que o resto do país na época chuvosa 2021/2022, acentuando um padrão de anos anteriores, disse o chefe do departamento de previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inam), Acácio Tembe, em entrevista à Lusa.
Na época chuvosa 2020/2021 Moçambique foi assolado por eventos climatéricos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.
As intempéries provocaram pelo menos 96 mortes, afetaram 676.314 pessoas e causaram ainda 150 feridos, de acordo com dados do Governo.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois dos maiores ciclones (Idai e Kenneth) de sempre a atingir o país.
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