Exames detetam Legionella no hospital da CUF em Cascais

Exames regulares realizados nos últimos dias na CUF de Cascais detetaram a presença de bactérias de Legionella em alguns pontos daquela unidade hospitalar.

Fonte oficial da instituição confirmou a situação ao CM, mas garantiu que "não há nenhum surto nem qualquer doente afetado". A mesma fonte adianta que se tratou de análises de rotina feitas habitualmente em hospitais e que o delegado de saúde regional foi informado. A deteção obrigou ao fecho de "algumas salas", mas "o hospital continua a funcionar com normalidade".

Alguns pacientes tiveram de ser transferidos para outras zonas. O problema, garante a mesma fonte, será resolvido nos próximos dias com recurso a tratamentos químicos.

"O Hospital CUF Cascais dispõe de protocolos rigorosos de segurança e higiene, que incluem análises periódicas a diversos microorganismos. Foi no âmbito deste controlo que se identificaram resultados positivos para a presença de Legionella, sem que exista qualquer surto no hospital", esclarece.

"Em articulação com as autoridades de saúde, de forma preventiva foram imediatamente implementadas medidas de segurança e higienização. As salas de bloco operatório mantêm-se totalmente operacionais e os banhos estão a ser assegurados aos doentes, garantindo a atividade hospitalar com total segurança e normalidade", concretiza a CUF.

Segundo a própria CUF, "a bactéria Legionella está presente no meio aquático, por exemplo, em sistemas de água domésticos, jacuzzis e piscinas, ou, na natureza, em rios e lagos". "O seu contágio ocorre, não de pessoa para pessoa, mas pela inalação de gotículas de água quente suspensas no ar. Este microrganismo é o responsável pela Doença dos Legionários, um tipo de pneumonia. Os seus sintomas surgem normalmente cinco a seis dias após a aspiração das bactérias e vão da dor de cabeça à diarreia e vómitos".