Exército português passa no teste e lidera grupo de combate europeu

Prontidão de 5 a 10 dias para intervenção em cenários de crise ou conflito.

06 de dezembro de 2025 às 17:29
Militares portugueses durante a certificação
Militares portugueses durante a certificação

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O Exército português concluiu a certificação para exercer o comando de um batalhão reforçado de combate da União Europeia até ao final do próximo ano. A última etapa da certificação, um exercício de comando e estado-maior, decorreu no Campo Militar de Santa Margarida. A partir de 1 de janeiro de 2026 estará em alta prontidão: a partir dessa data, esta força poderá ser ativada num prazo entre 5 a 10 dias para responder a cenários de crise ou conflito, no quadro da Política Comum de Segurança e Defesa da União Europeia. A liderar está o brigadeiro António Oliveira, comandante da Brigada Mecanizada.

O exercício, que terminou sexta-feira, foi em ambiente de posto de comando, com a realização de "operações simuladas de elevada complexidade que projetam uma força europeia para uma área conjunta de operações", descreve o Exército. "No terreno, no Campo Militar de Santa Margarida, estiveram empenhados cerca de 80 militares, maioritariamente do Exército Português, incluindo ainda um militar da Marinha, um da Força Aérea Portuguesa e cinco militares do Exército do Reino de Espanha, refletindo o caráter conjunto e multinacional da força em treino", afirma.

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No mesmo período, em Bruxelas, cinco oficiais portugueses e um espanhol "integraram a célula de ligação e coordenação responsável por assegurar a continuidade do esforço operacional e a resposta tática da força europeia em treino, reforçando a ligação entre o nível estratégico-operacional e o nível tático no teatro de operações simulado".

Portugal assume, pela primeira vez, como nação líder, o comando e a coordenação da projeção e sustentação de um EU Battlegroup, envolvendo diversas nações europeias. 

Um Battle Group da União Europeia é um agrupamento tático multinacional, de alta prontidão, destinado a responder rapidamente a crises. Assenta, em regra, num batalhão de manobra reforçado, com cerca de 1 500 militares e apoios de combate e de serviços de combate, o que lhe confere a natureza de força-tarefa capaz de atuar de forma autónoma durante um período inicial de operação. Em termos de escala, situa-se entre o batalhão e a brigada, podendo ser descrito como um batalhão reforçado com capacidades de armas combinadas. 

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