Federação internacional não assume posição sobre recusa de vistos a ginastas israelitas inscritos nos Mundiais de Jacarta

Competição, que conta com a participação de 500 ginastas, de 80 países, realiza-se entre 19 e 25 de outubro, na capital da Indonésia.

10 de outubro de 2025 às 16:58
ginástica Foto: CMTV
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A Federação Internacional de Ginástica (FIG) informou esta sexta-feira que "tomou conhecimento" da recusa do governo indonésio de conceder vistos aos atletas israelitas inscritos nos Mundiais de Jacarta, sem revelar se tomará medidas ou manifestar um posicionamento oficial.

A Federação Indonésia de Ginástica disse que a FIG "declarou oficialmente, durante um contacto telefónico", estabelecido na sexta-feira, "que apoiava a decisão do governo" daquele país, mas o organismo regulador da modalidade, contactado pela AFP, não confirmou esta informação.

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A FIG limitou-se a indicar, em comunicado, que "espera que seja criado o mais rapidamente possível um ambiente suscetível de os atletas de todo o mundo poderem praticar o desporto com todas as condições de segurança e tranquilidade" durante os Mundiais de ginástica artística.

A competição, que conta com a participação de 500 ginastas, de 80 países, realiza-se entre 19 e 25 de outubro, na capital da Indonésia, um dos países muçulmanos mais populosos, que não mantém relações diplomáticas com Israel e cujo governo é muito crítico da guerra na Faixa de Gaza.

Israel e o Hamas anunciaram na quarta-feira à noite um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, a primeira fase de um plano de paz proposto por Trump, após negociações indiretas mediadas por Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.

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Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e a Faixa de Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.

O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas a Israel, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 sequestradas.

A retaliação de Israel fez mais de 67.000 mortos e de 170.000 feridos, na maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), considerados credíveis pela ONU.

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