Hospitais impedem acesso a consultas de obesidade
O presidente da Adexo acusa hospitais de bloquearem acesso dos doentes às primeiras consultas.
Carlos Oliveira, o Presidente da Adexo - Associação de Doentes Obesos e Ex Obesos de Portugal - acusa vários hospitais de estarem a bloquear o acesso à primeira consulta de obesidade para conseguirem dessa forma reduzir as listas de espera para cirurgia, cujos tempos de espera se mantém muito elevados.
"Muitos hospitais dizem que estão a reduzir os tempos de espera, mas na verdade bloquearam a primeira consulta e por isso é que conseguem reduzir as listas", disse Carlos Oliveira, em frente da Comissão Parlamentar de Saúde, referindo que o país deveria estar a realizar cerca de 4000 operações por ano, quando na realidade, só são feitas entre 1800 e 2000.
O presidente deu ainda como exemplo o Hospital de Évora, que tem mais de 400 dias de espera para realizar estas cirúrgias, porque tem vindo a receber utentes do Hospital de Faro, que deixou de as fazer.
"Dos 19 hospitais acreditados como como Centro de Tratamento da Obesidade apenas sete ou oito estão a funcionar. Relembro que o Ministério da Saúde anunciou o ano passado a orçamentação de 12 milhões de euros para reduzir este ano as listas de espera das cirúrgias e os hospitais não quiseram", acrescentou.
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