PCP pede audiências a Marcelo, primeiro-ministro e PGR

Pedido surge na sequência dos incêndios florestais que deflagraram no fim de semana.

16 de outubro de 2017 às 15:24
Fogo lavra em Portugal Foto: Lusa
Fogo lavra em Portugal Foto: Lusa
Fogo lavra em Portugal Foto: Lusa

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O PCP anunciou esta segunda-feira que vai pedir audiências ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e à procuradora-geral da República, na sequência dos incêndios florestais que deflagraram no fim de semana.

"A todas as populações afetadas, às vítimas e aos familiares atingidos, o PCP manifesta o seu pesar e a sua mais profunda solidariedade. Aos que, em todas as áreas da Proteção Civil, designadamente aos bombeiros e às forças de segurança, intervieram e intervêm ainda para minimizar danos e prejuízos, queremos transmitir o nosso mais profundo reconhecimento", disse o dirigente comunista João Frazão, durante uma conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

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O membro da comissão política do Comité Central do PCP falava aos jornalistas em conferência de imprensa na sede nacional comunista, em Lisboa.

"Com o primeiro-ministro, vamos colocar-lhe a urgência que consideramos existir na tomada de medidas, já imediatamente em relação ao Orçamento do Estado. Os portugueses devem saber os meios que estão alocados à defesa da floresta para depois isso poder ser escrutinado", explicou.

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O dirigente comunista, relativamente ao futuro encontro com a procuradora-geral da República, afiançou que o PCP vai, em virtude de "tantos anúncios, indicações e declarações de que tudo tem origem em fogo posto", pedir "uma investigação aprofundada sobre as origens dos incêndios para ser debelada esta nuvem que paira sobre esta questão".

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 32 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

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Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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