Taxista mata com "tiro de intimidação"
Homem de 48 anos disse em tribunal que matou mulher sem querer.
Um taxista que matou uma mulher na aldeia de Guiães alegou esta segunda-feira, no início do seu julgamento no Tribunal de Vila Real, ter disparado um tiro de intimidação sem se aperceber de ter atingido a vítima.
António Correia, 48 anos, é acusado de um crime de homicídio qualificado e de ter disparado da rua para a mulher que estava à janela da sua casa, tendo o crime sido presenciado pelo filho menor da vítima, que deu depois o alerta.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o taxista manteve uma relação com a vítima, uma viúva de 45 anos com quatro filhos, até três meses antes do crime, e que terão sido motivos passionais que estiveram na origem do disparo em setembro do ano passado.
Ao tribunal o arguido afirmou que fez "um disparo de intimidação" e que quando saiu do local não ouviu nada nem se apercebeu de que tinha atingido a viúva.
Justificou ainda que andava sempre armado devido à profissão de taxista.
O MP disse que o suspeito conhecia a rotina da vítima, que vivia sozinha com os filhos e que, quando António Correia disparou se encontrava na cozinha, com a luz acesa.
O filho mais novo da viúva, um menino de oito anos, foi a primeira testemunha de acusação a ser ouvida esta tarde.
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