Manifestantes anti-Dilma tentaram entrar no Palácio do Planalto
Protesto contra Governo de Dilma gerou alguma tensão.
A Polícia Militar usou gás pimenta e cassetetes para separar dois grupos de manifestantes que protestam esta quarta-feira em Brasília, contra e a favor do Governo da Presidente Dilma Rousseff.
A informação foi confirmada à agência Lusa pela assessoria da Polícia Militar do Distrito Federal, que conta com 100 agentes no local para controlar os manifestantes, que nesta altura já são cerca de 5000.
Além de Brasília, os protestos já se estendem a 14 estados brasileiros
Os manifestantes protestam contra Dilma e a entrada de Lula da Silva no Governo e outros a favor do Partido dos Trabalhadores (PT).
No local encontram-se também elementos do exército para proteger o Palácio do Planalto, a sede do governo, em frente à qual decorrem os protestos, acrescentou.
Os grupos, que organizaram grandes manifestações no Brasil no passado domingo para exigir a demissão da Presidente Dilma Rousseff, convocaram novos protestos para esta tarde, depois de o ex-Presidente Lula da Silva ter sido nomeado para ministro da Casa Civil.
Documento contra a nomeação de Lula da Silva
Segundo a rádio de notícias CBN, mais tarde chegou ao local um grupo mais pequeno de pessoas a favor do Governo e a Polícia Militar encarregou-se da separação dos manifestantes de ambas as partes.
Deputados da oposição, que participaram na manifestação, entregaram um documento de protesto contra a nomeação de Lula da Silva a um representante do Palácio do Planalto, mas não conseguiram entrar no prédio, de acordo com a mesma rádio.
A CBN descreveu que homens do exército foram chamados ao local, bem como da Polícia do Distrito Federal para controlar o trânsito na principal via da capital brasileira.
Entretanto, o movimento Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre convocaram para esta noite um protesto durante o Jornal Nacional contra a nomeação de Lula da Silva como ministro.
A escolha do ex-chefe de Estado para um dos mais altos cargos no país é vista como uma manobra política, numa altura em que a Presidente Dilma Rousseff arrisca um processo de impugnação.
Além disso, ao entrar para o Governo, Lula da Silva, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, que trata de um esquema de corrupção em várias empresas, incluindo a petrolífera Petrobras, passa a ter imunidade, podendo apenas ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal.
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