Manifestantes anti-Dilma tentaram entrar no Palácio do Planalto

Protesto contra Governo de Dilma gerou alguma tensão.

16 de março de 2016 às 21:37
Brasil, manifestação, Lula da Silva, Dilma Rousseff, Palácio do Planalto, política Foto: Reuters
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A Polícia Militar usou gás pimenta e cassetetes para separar dois grupos de manifestantes que protestam esta quarta-feira em Brasília, contra e a favor do Governo da Presidente Dilma Rousseff.

A informação foi confirmada à agência Lusa pela assessoria da Polícia Militar do Distrito Federal, que conta com 100 agentes no local para controlar os manifestantes, que nesta altura já são cerca de 5000.

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Além de Brasília, os protestos já se estendem a 14 estados brasileiros

Os manifestantes protestam contra Dilma e a entrada de Lula da Silva no Governo e outros a favor do Partido dos Trabalhadores (PT).

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No local encontram-se também elementos do exército para proteger o Palácio do Planalto, a sede do governo, em frente à qual decorrem os protestos, acrescentou.

Os grupos, que organizaram grandes manifestações no Brasil no passado domingo para exigir a demissão da Presidente Dilma Rousseff, convocaram novos protestos para esta tarde, depois de o ex-Presidente Lula da Silva ter sido nomeado para ministro da Casa Civil. 

Documento contra a nomeação de Lula da Silva

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Segundo a rádio de notícias CBN, mais tarde chegou ao local um grupo mais pequeno de pessoas a favor do Governo e a Polícia Militar encarregou-se da separação dos manifestantes de ambas as partes.

Deputados da oposição, que participaram na manifestação, entregaram um documento de protesto contra a nomeação de Lula da Silva a um representante do Palácio do Planalto, mas não conseguiram entrar no prédio, de acordo com a mesma rádio.

A CBN descreveu que homens do exército foram chamados ao local, bem como da Polícia do Distrito Federal para controlar o trânsito na principal via da capital brasileira.

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Entretanto, o movimento Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre convocaram para esta noite um protesto durante o Jornal Nacional contra a nomeação de Lula da Silva como ministro.

A escolha do ex-chefe de Estado para um dos mais altos cargos no país é vista como uma manobra política, numa altura em que a Presidente Dilma Rousseff arrisca um processo de impugnação.

Além disso, ao entrar para o Governo, Lula da Silva, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, que trata de um esquema de corrupção em várias empresas, incluindo a petrolífera Petrobras, passa a ter imunidade, podendo apenas ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal.

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