MP pede condenação de homem que incendiou mulher
A procuradora do MP destaca a frieza e crueldade com que o arguido atuou.
O Ministério Público (MP) no Tribunal de Braga pediu esta quarta-feira a condenação por violência doméstica e homicídio qualificado de um homem acusado de regar a mulher com álcool e lhe pegar fogo, provocando-lhe a morte.
A procuradora do MP destacou a "frieza de ânimo" e a "manifesta crueldade" com que o arguido atuou, na presença da filha do casal, e o "meio insidioso" que utilizou.
Para o MP, foi um crime com "especial censurabilidade e perversidade", agravado ainda pelo facto de o arguido, após incendiar a mulher, se ter sentado à mesa para "calmamente" tomar o pequeno-almoço.
A advogada do arguido, Liliana Braga Correia, pediu uma pena "especialmente atenuada" em relação ao crime de violência doméstica, já que, acentuou, as agressões seriam mútuas.
Quanto ao homicídio, defendeu que o arguido nunca teve intenção de matar e que se tratou de "um momento de loucura".
"Estava cego, foi um ato tresloucado, não premeditado. Usou o álcool de forma irracional, sem ter noção do que estava a fazer", esgrimiu, para considerar que o arguido deverá ser condenado por ofensas à integridade físicas, agravadas pelo resultado morte.
O crime ocorreu a 18 de agosto de 2014, no prédio onde o casal vivia.
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