Na vila de Alfândega da Fé produz-se azeite e cereja

Fé cristã é sentida pelas gentes da terra e comprovada pela existência de inúmeras igrejas e capelas.

16 de outubro de 2018 às 19:40
Coreto da vila está inserido no jardim Cândido Mendonça e já foi um dos ex-líbris das noites Foto: MoveNotícias
Vista panorâmica dos vestígios do Castelo dos Picões é muito procurada pelos terrenos férteis Foto: MoveNotícias
Edifício da capela do Espírito Santo é um dos templos religiosos do concelho com estilo barroco Foto: MoveNotícias
As gentes desta terra agarram-se à fé e rezam na igreja da Nossa Senhora da Misericórdia Foto: MoveNotícias

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É da Serra de Bornes que se pode ter uma perspetiva geral sobre o concelho de Alfândega da Fé. Os terrenos agrícolas transformaram a paisagem num dos principais cartões-postais da vila e são avistados de mais de 1000 metros de altitude.

A agricultura e a pastorícia ainda se assumem como as principais atividades económicas da região, com destaque para as produções de castanha, azeite, cereja e amêndoa. Também são comercializados produtos resultantes da transformação destas matérias-primas, para além do fumeiro e queijo, também típicos.

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Alfândega da Fé adquiriu o nome entre os séculos VIII e IX, mas os vestígios que foram preservados ao longo dos tempos deixam antever que, antes dessas datas, já povos de origem Castreja habitaram a vila que agora tem pouco mais do que dois mil moradores. Uma das marcas do património deixado é visível nos ‘restos’ do conhecido Castelo dos Picões, na margem direita do rio Sabor, que nunca foi recuperado.

O jardim Cândido Mendonça contempla o antigo e típico coreto. Está bem conservado e tem o privilégio de estar situado no parque central, em frente aos Paços do Concelho. Em tempos, foi um dos maiores ex- -líbris da noite desta vila, que ofereceu música a muitos habitantes e forasteiros. O edifício da câmara municipal, junto ao coreto, foi construído no século XX, com estilo colonial, e também merece uma visita.

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Foram as lutas da reconquista Cristã da Península que acrescentaram ‘Fé’ à denominação da terra. Essa fé ainda hoje é sentida pelas suas gentes e comprovada pela existência de inúmeras capelas e igrejas. Situada na parte norte da vila, a Igreja Matriz de Alfândega da Fé tem um nave ampla com cinco altares e uma torre sineira de cantaria.

No seu interior há um retábulo pintado com o arcanjo S. Miguel, protetor da região. O edifício sofreu obras de restauro que lhe deram a configuração presente. Apesar das pequenas dimensões, a Capela do Espírito Santo, de estilo barroco, é hoje utilizada como capela mortuária e está associada ao crescimento urbano da zona.

A Torre do Relógio é o que resta de um Castelo Medieval do século XIII, tendo servido para funções militares. Com um telhado piramidal e um relógio na fachada, está classificada como Imóvel de Interesse Municipal. Sofreu várias reformas na época medieval. 

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Hospitalidade e atividades na natureza atraem turistas

A hospitalidade dos habitantes de Alfândega da Fé é um grande trunfo da vila no que diz respeito à atração dos turistas. Mas não só, visto que há a oferta de atividades na natureza como passeios de burro por trilhos e piqueniques à sombra de castanheiros.

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