Na vila de Alfândega da Fé produz-se azeite e cereja
Fé cristã é sentida pelas gentes da terra e comprovada pela existência de inúmeras igrejas e capelas.
É da Serra de Bornes que se pode ter uma perspetiva geral sobre o concelho de Alfândega da Fé. Os terrenos agrícolas transformaram a paisagem num dos principais cartões-postais da vila e são avistados de mais de 1000 metros de altitude.
A agricultura e a pastorícia ainda se assumem como as principais atividades económicas da região, com destaque para as produções de castanha, azeite, cereja e amêndoa. Também são comercializados produtos resultantes da transformação destas matérias-primas, para além do fumeiro e queijo, também típicos.
Alfândega da Fé adquiriu o nome entre os séculos VIII e IX, mas os vestígios que foram preservados ao longo dos tempos deixam antever que, antes dessas datas, já povos de origem Castreja habitaram a vila que agora tem pouco mais do que dois mil moradores. Uma das marcas do património deixado é visível nos ‘restos’ do conhecido Castelo dos Picões, na margem direita do rio Sabor, que nunca foi recuperado.
O jardim Cândido Mendonça contempla o antigo e típico coreto. Está bem conservado e tem o privilégio de estar situado no parque central, em frente aos Paços do Concelho. Em tempos, foi um dos maiores ex- -líbris da noite desta vila, que ofereceu música a muitos habitantes e forasteiros. O edifício da câmara municipal, junto ao coreto, foi construído no século XX, com estilo colonial, e também merece uma visita.
Foram as lutas da reconquista Cristã da Península que acrescentaram ‘Fé’ à denominação da terra. Essa fé ainda hoje é sentida pelas suas gentes e comprovada pela existência de inúmeras capelas e igrejas. Situada na parte norte da vila, a Igreja Matriz de Alfândega da Fé tem um nave ampla com cinco altares e uma torre sineira de cantaria.
No seu interior há um retábulo pintado com o arcanjo S. Miguel, protetor da região. O edifício sofreu obras de restauro que lhe deram a configuração presente. Apesar das pequenas dimensões, a Capela do Espírito Santo, de estilo barroco, é hoje utilizada como capela mortuária e está associada ao crescimento urbano da zona.
A Torre do Relógio é o que resta de um Castelo Medieval do século XIII, tendo servido para funções militares. Com um telhado piramidal e um relógio na fachada, está classificada como Imóvel de Interesse Municipal. Sofreu várias reformas na época medieval.
Hospitalidade e atividades na natureza atraem turistasA hospitalidade dos habitantes de Alfândega da Fé é um grande trunfo da vila no que diz respeito à atração dos turistas. Mas não só, visto que há a oferta de atividades na natureza como passeios de burro por trilhos e piqueniques à sombra de castanheiros.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt