Bombeiro de Castanheira de Pera continua internado com prognóstico reservado

Três outros elementos permanecem em tratamento. Só uma operacional da corporação apresenta melhorias.

07 de julho de 2017 às 10:52
José Domingues, comandante dos Bombeiros de Castanheira de Pera, com Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Estrada que liga Figueiró dos Vinhos a Castanheira de Pera foi fatal para 47 pessoas que não conseguiram fugir da fúria das chamas e morreram carbonizadas e intoxicadas Foto: Lusa
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O vento forte e a falta de acessos foram os principais inimigos dos bombeiros no combate a um fogo de grandes dimensões na serra do Ameal, Concelho de Castanheira de Pêra, Leiria.
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O comandante dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera disse esta sexta-feira que três dos quatro bombeiros internados apresentam avanços e recuos no estado de saúde e que o caso mais favorável é o da operacional internada em Coimbra.

"O único com alguma coisa favorável é a Filipa [internada em Coimbra]. Os dois operacionais internados em Lisboa [Hospital de Santa Maria] apresentam uns picos. O operacional internado no Porto [Hospital de São João] é o que está com prognóstico mais reservado", explicou José Domingues.

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Dois voluntários de Castanheira de Pera, pai e filho, continuam internados no Hospital de Santa Maria (Lisboa), sendo que o operacional mais novo, cuja hipótese de sair do coma induzido se chegou a colocar na segunda-feira, acabou por ainda não acontecer.

O quadro clínico do operacional internado no Hospital de São João (Porto) é, segundo o comandante dos voluntários de Castanheira de Pera, o que inspira mais cuidados, e a bombeira internada em Coimbra foi sujeita nos últimos dias a duas intervenções.

Contudo, dos quatro casos, é o que aparentemente apresenta uma evolução mais favorável.

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"Vamos aguardar que a medicação e a compleição física deles os ajude", concluiu.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

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A área destruída por estes incêndios na região Centro corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1 ou em acessos a esta, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

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