Portugal vai participar em 19 missões internacionais com mais de 2 mil militares

Vão ser mobilizados seis navios e dez aeronaves anuncia o Almirante Silva Ribeiro.

18 de janeiro de 2019 às 20:05
O Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro Foto: Pedro Catarino
Almirante António Silva Ribeiro, CEMGFA Foto: CMTV
António Silva Ribeiro Foto: Diogo Inácio

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Portugal vai participar em 19 missões em todo o mundo durante este ano, com seis navios, dez aeronaves e mais de 2.000 militares, informou hoje o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Almirante Silva Ribeiro.

Numa intervenção durante um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, que decorreu num hotel em Lisboa, o CEMGFA anunciou que ao longo de 2019, as Forças Armadas portuguesas vão participar em 29 missões, em quatro continentes.

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Portugal participa nestas missões ao abrigo da NATO, União Europeia (UE), Organização das Nações Unidas (ONU) e também parcerias bilaterais e multilaterais.

O contingente português será composto por seis navios da Armada, 66 viaturas táticas do Exército, dez aeronaves da Força Aérea e 2.349 militares.

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"Isto é dez por cento das Forças Armadas portuguesas", uma vez que o país conta com "cerca de 25 mil militares" nos três ramos, afirmou o CEMGFA.

Relativamente à NATO, Portugal, vai participar em 11 missões, na Lituânia, Báltico, Polónia, Afeganistão, Iraque, Roménia, Kosovo, no Mediterrâneo e no Mar do Norte, empenhando 1.112 militares, quatro caças F-16, mergulhadores, um submarino e aeronaves P-3C.

Já para as seis missões da UE -- no Oceano Índico, Somália, República Centro-Africana, Mali e Mediterrâneo - serão destacados 197 militares, uma aeronave P-3C e um submarino.

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Para as três missões da ONU, Portugal irá disponibilizar 392 militares para o Mali, Colômbia e República Centro-Africana, esta última que o CEMGFA classificou como "a mais arriscada" missão desde o final da guerra do Ultramar, em 1974.

Nas nove missões bilaterais e multilaterais, Portugal irá fazer-se representar com 648 homens e mulheres, no Atlântico, Iraque, Jordânia, Golfo da Guiné e São Tomé e Príncipe.

A acompanhar os militares, irão também navios e aeronaves.

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Portugal terá também "um conjunto de forças em prontidão, que estão em território nacional e que, se houver uma perturbação da ordem internacional, poderão ser empenhadas" nas missões, no caso de alguma eventualidade.

Nestas missões, os contingentes portugueses irão apoiar e treinar as forças locais, reforçar a fiscalização e segurança, realizar missões de policiamento aéreo, recolher informação, apoiar processos de transição e estabilização, mitigar o tráfico de migrantes, edificar estruturas de segurança ou contribuir para a segurança, estabilidade, e livre circulação de cidadãos, como é o caso do Kosovo.

Segundo o Almirante Silva Ribeiro, "todas estas missões visam contribuir para a paz, a segurança e a estabilidade, satisfazendo os compromissos internacionais assumidos por Portugal, demonstrando solidariedade para com os aliados e reforçando a presença no Atlântico como espaço prioritário de interesse estratégico de Portugal".

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